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Supremo nega recurso do Flamengo e define posse da taça das bolinhas do Brasileirão para o São Paulo

 Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Chicão ergue o famigerado (e disputado) troféu em 1977 (Morumbiteca)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (17) maioria de votos para negar recurso do Flamengo para ficar com a Taça das Bolinhas. 

Até o momento, quatro dos cinco ministros do colegiado votaram para manter decisões proferidas pelas instâncias inferiores que reconheceram o Sport Clube Recife como único campeão do Campeonato Brasileiro de 1987.

Os ministros Dias Toffoli, relator, Gilmar Mendes, Edosn Fachin e André Mendonça já se manifestaram sobre a questão e mantiveram a taça com o Sport. Falta o voto de Nunes Marques. A votação será finalizada às 23h59.

O julgamento do recurso do Flamengo é realizado no plenário virtual da Corte, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

Dessa forma, a taça das bolinhas pertence ao São Paulo, campeão do Campeão Brasileiro em 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008.

A decisão ainda cabe recurso, porém, os cariocas ainda não divulgaram se vão recorrer.

O CASO
 
O caso chegou ao Supremo após a Justiça do Rio de Janeiro e de Pernambuco validarem a vitória do time pernambucano e não conceder o troféu ao clube carioca.

A Taça das Bolinhas seria conferida ao time que primeiro conquistasse o campeonato por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadamente. O troféu foi entregue ao São Paulo, considerado o primeiro clube pentacampeão brasileiro, posição conquistada em 2007.

Pela argumentação do Flamengo, o título do Brasileiro de 1987 não se confunde com Troféu João Havelange, vencido no mesmo ano pelo clube e que era contabilizado para a Taça das Bolinhas.

Segundo os advogados do clube carioca, o regulamento do Brasileiro de 1987 previa que os campeões do módulo verde (Troféu João Havelange), formado por equipes da primeira divisão do ano anterior, jogariam contra os vencedores do módulo amarelo e definiriam quem seria o campeão daquele ano.

Por ter vencido o módulo verde, o Flamengo alega que deve ser declarado campeão e ficar com a Taça das Bolinhas.

Em 2011, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) declarou o Flamengo também campeão de 87, mas a decisão foi derrubada pela Justiça. Na ocasião, o então presidente da entidade, Ricardo Teixeira, chegou a entregar a taça das bolinhas ao mandatário são-paulino da época, Juvenal Juvêncio, acirrando ainda mais o racha interno do Clube dos 13. Um evento simbólico contou com a presença do goleiro Rogério Ceni.

Fundador do Clube dos 13, que organizou a Copa União em 1987, Carlos Miguel Aidar, que sucedeu Juvêncio, fez a política da boa vizinha e devolveu o troféu para a Caixa Econômica Federal, para melhorar a relação com o Flamengo.




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