Terça-feira, 21 de maio de 2024
Lateral durante partida contra o Barcelona, semana passada (Paulo Pinto/SPFC)
@rafaelemilianoo
O São Paulo avançou na renovação de contrato com o lateral-esquerdo Welington, cujo vínculo vai somente até o final do ano.
E o responsável por isso tem nome e sobrenome: Luís Zubeldía.
Após ser comunicado pela diretoria da situação do camisa 6, o treinador argentino conversou pessoalmente com Welington em diversas reuniões privadas.
O papo agradou o jogador. Zubeldía se comprometeu a aprimorar o futebol do lateral ao ponto de fazê-lo crescer aos olhos não só do chamado 'mercado periférico' da Europa. Mas sim das grandes ligas.
Por outro lado, o argentino se comprometeu a ajudar no que for necessário para que o acerto ocorra junto à diretoria. E assim foi feito. Zubeldía conversou com os dirigentes. E cobrou uma valorização ao jogador, revelado em Cotia.
A intermediação do treinador deu resultado. Na última segunda-feira (20), conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, o São Paulo aumentou a proposta para Welington, que agora parece ter ficado satisfeito.
Por questão editorial, o AMT não revela valores de salários de jogadores. Mas pode-se dizer que o lateral exigia a mesma valorização que colegas de base como Beraldo (antes da venda), Nestor, Diego Costa e Pablo Maia tiveram. Subiram o degrau, como se pode dizer.
A iniciativa de dialogar em favor do jogador frente à diretoria é uma postura que não se via desde Rogério Ceni. Até por puro acaso. Dorival Júnior não teve tempo hábil, apesar de ter tido papel fundamental para as saídas de Gabriel Neves e Méndez. E novato, Thiago Carpini não tinha esse perfil.
Welington chegou a ter um acerto verbal com o Internacional, que tentou obter sua liberação antecipada, sem sucesso. Ofereceu uma troca pelo volante Gabriel, fora dos planos no Beira-Rio. Mas o jogador não empolgou o então técnico Thiago Carpini.
Vendo que o Tricolor não facilitaria sua saída e que era uma peça fundamental do elenco, Welington repensou muita coisa, conforme o AMT apurou. Evidente que o Inter pagará mais, mas o camisa 6 aceita uma proposta menor do São Paulo. Quer ter a mesma valorização de Pablo Maia e Nestor, crias de Cotia como ele que ganharam status de fundamental no plantel., Além de abocanhar uma porcentagem de seus direitos federativos, como os outros, para que ganhe mais em uma hipotética transferência futura.
O São Paulo chegou a prometer ao estafe do lateral que o venderia na janela do meio do ano para que ele não acertasse pré-contrato com ninguém. Além dos gaúchos, o Botafogo é outro interessado. Welington desmente que tenha qualquer tipo de acerto com o Colorado.
O São Paulo busca desde a saída de Caio Paulista para o rival Palmeiras, anunciada no final do ano passado, uma opção para a lateral-esquerda. Era uma promessa para Dorival Júnior e Thiago Carpini, antecessores do argentino, que não foi cumprida.
Nomes sondados e avaliados pelas duas comissões técnicas anteriores ou foram rejeitados, ou as negociações se mostraram complicadas (e caras) para o Tricolor.
Dorival queria Rikelme, do Cuiabá. Caro. Carpini aprovou Marlon, mas o jogador quis ficar no Cruzeiro. Abner, do Bétis, da Espanha, se machucou quando o negócio por empréstimo estava encaminhado. Para piorar, a Seleção Brasileira ficou de fora das Olimpíadas, motivação maior para os europeus procurarem o São Paulo.
Nomes como Felipinho, oferecido pelo Sport, foram rejeitados por Carpini, que continuou o plano de Dorival de transformar Michel Araujo na peça para jogar no lado esquerdo. É a solução temporária de Zubeldía, avisado da falta de confiança no jovem Patryck, agora a única peça do setor.
O Tricolor negocia com opções brasileiras que atuam na Europa e ficam livres no mercado no final da época vigente no Velho Continente: Alex Sandro, considerado um investimento ousado, e Ismaily, desconhecido no país, mais com a vantagem de ser torcedor fanático. Opções são analisadas na América do Sul também. Zubeldía foi avisado.
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