Eduardo Toni falou sobre as mudanças de divulgação do São Paulo (Foto: Divulgação) |
MARCIO MONTEIRO
Uma das novidades do São Paulo vem sendo bastante criticada por sua torcida nos últimos dias, a mudança de estratégia de divulgação de seus conteúdos na internet. Até poucas semanas atrás, o clube divulgava a grande maioria e os mais importantes conteúdos em seu canal de YouTube, que conta hoje com mais de 1,9 milhão de inscritos.
Paralelamente a isso, o Tricolor também conta com a SPFC Play, plataforma de streaming lançada pelo clube em outubro de 2022, que trazia alguns conteúdos exclusivos e também os que eram vinculados no YouTube.
Porém, a partir do lançamento da série especial ‘Não falta mais’, que conta a história e os bastidores da inédita conquista da Copa do Brasil de 2023, o São Paulo começou a colocar apenas pequenos trechos de seus vídeos, os populares teasers, chamando para quem quiser assistir ao material completo na SPFC Play.
O primeiro episódio da série foi lançado gratuitamente no canal de YouTube do clube, mas a partir do segundo, o torcedor tem que pagar R$ 9,90 para poder assistir o restante do conteúdo pelo streaming tricolor.
A medida desagradou a maior parte dos torcedores, que sempre reclamam nas postagens do clube nas redes sociais de seus novos conteúdos lançados. E não só mesmo pela série, mas pelos boletins diários de treinos e vídeos dos bastidores das vitórias, habitualmente divulgado pelo Tricolor após os jogos.
As reclamações são diversas, como lentidão do streaming, dificuldade de acesso, não poder assistir pela TV, entre outros. Eduardo Toni, diretor de Marketing do São Paulo, falou em entrevista à Band News FM sobre a polêmica.
“Hoje a gente tem as nossas redes sociais com conteúdo brilhante, é uma forma de monetização importante. O nosso streaming, nós estamos começando a monetizar vendendo a série da Copa do Brasil. Hoje ainda são receitas pequenas, mas que ainda vão crescer, vão atingir patamares importantes. Hoje a gente consegue, por exemplo, com as redes sociais, pagar salários de jogadores”.
“Nós temos hoje, se considerarmos nossas principais redes sociais, próximo de 22 milhões de seguidores. Quem eles são? Quem sabe é a Meta. Quem sabe é o YouTube. Eu preciso saber quem eles são. Então a gente pensa muito vezes em abrir mão de 2 milhões de seguidores que nós tínhamos no YouTube para ter 300 mil no nosso streaming, o SPFC Play”, explicou o dirigente.
“Esses 300 mil eu sei quem são, sei o telefone, sei o CPF. Hoje eu tenho 750 mil nomes trabalhados. É muito pouco frente o tamanho da nossa torcida. Mas hoje eu sei se eles compram produtos na loja ou na internet, sei se são assinantes do streaming ou sócio torcedores. Ajuda a entender o perfil para novas vantagens futuras. É uma estratégia de médio e longo prazo. É difícil você investir em streaming, é muito caro. Nós acreditamos que esse é o futuro. Por isso estamos fazendo esse trabalho. A gente se preocupa com o torcedor, mas pensamos no melhor para o clube. Temos uma convicção”.
“E se a gente acha que está errado, a gente assume e volta atrás. Mas nesse caso temos certeza que não estamos errando. É uma tendência. Os boletins diários são abertos todos os dias [pelo streaming, mas de graça]. Você faz uma série especial, nós estamos cobrando R$ 10, a série. Nós fomos procurados por outros streamings, mas quisemos privilegiar o nosso streaming. Poderíamos ter a série ganhando mais dinheiro com um grande streaming. Às vezes parece que você está fazendo uma bobagem, mas você está pensando a médio e longo prazo”, concluiu Eduardo Toni.
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