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Empresário rebate declarações de Belmonte sobre renovação de Welington: "O que pleiteamos é mais do que merecido e justo"

Permanência de lateral no Tricolor continua uma incógnita (Mauro Horita/FPF)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

.A maior das novelas do ano envolvendo o São Paulo ganha novos capítulos e parece longe, muito longe de ter uma resolução.

Depois do AVANTE MEU TRICOLOR informar em maio que o Tricolor atendeu um pedido do técnico Luís Zubeldía e aumentou a oferta salarial para renovar com o lateral-esquerdo Welington, cujo vínculo vai só até o final do ano, a coisa parece ter voltado à estaca zero.

Primeiro foi a vez do diretor de futebol Carlos Belmonte, ao canal 'Arnaldo e Tironi', informar que o clube já fez cinco propostas e que a coisa continua fora da realidade para os cofres do Morumbi (leia mais abaixo).

Diante disso, quem se posicionou agora foi o empresário do camisa 6. Ao 'Globo Esporte', Robson Ferreira desmentiu o cartola. Diz que recebeu até agora três ofertas de prorrogação do vínculo, mas com quase nenhuma alteração considerável no salário.

"O que pleiteamos é mais do que merecido e justo pelo que o atleta vem performando ao longo dos anos e está totalmente dentro da realidade do clube e do mercado. Ele é muito profissional e comprometido e se doou pelo clube, inclusive já teve jogo em que continuou em campo mesmo com o pé quebrado. Muricy Ramalho já disse em entrevistas que ele deixa tudo em campo", disse Ferreira.

Por questão editorial, o AMT não revela valores de salários de jogadores. Mas pode-se dizer que o lateral exigia a mesma valorização que colegas de base como Beraldo (antes da venda), Nestor, Diego Costa e Pablo Maia tiveram. Subiram o degrau, como se pode dizer.

Welington chegou a ter um acerto verbal com o Internacional, que tentou obter sua liberação antecipada, sem sucesso. Ofereceu uma troca pelo volante Gabriel, fora dos planos no Beira-Rio. Mas o jogador não empolgou o então técnico Thiago Carpini.

Vendo que o Tricolor não facilitaria sua saída e que era uma peça fundamental do elenco, Welington repensou muita coisa, conforme o AMT apurou. Evidente que o Inter pagará mais, mas o camisa 6 aceita uma proposta menor do São Paulo. Quer ter a mesma valorização de Pablo Maia e Nestor, crias de Cotia como ele que ganharam status de fundamental no plantel. Além de abocanhar uma porcentagem de seus direitos federativos, como os outros, para que ganhe mais em uma hipotética transferência futura.

O São Paulo chegou a prometer ao estafe do lateral que o venderia na janela do meio do ano para que ele não acertasse pré-contrato com ninguém. Além dos gaúchos, o Botafogo é outro interessado. Welington desmente que tenha qualquer tipo de acerto com o Colorado. E o empresário reafirma essa posição.

"Somente quando esgotarmos as conversas com o São Paulo, a gente ouvirá outras possibilidades. O interesse do Welington é continuar no clube, mas infelizmente essa permanência não depende só dele. Hoje, o São Paulo sabe o que precisa fazer para mantê-lo e não é complicado. Basta, realmente, querer", destacou.

O São Paulo busca desde a saída de Caio Paulista para o rival Palmeiras, anunciada no final do ano passado, uma opção para a lateral-esquerda. Era uma promessa para Dorival Júnior e Thiago Carpini, antecessores do argentino, que não foi cumprida.

Nomes sondados e avaliados pelas duas comissões técnicas anteriores ou foram rejeitados, ou as negociações se mostraram complicadas (e caras) para o Tricolor.

Dorival queria Rikelme, do Cuiabá. Caro. Carpini aprovou Marlon, mas o jogador quis ficar no Cruzeiro. Abner, do Bétis, da Espanha, se machucou quando o negócio por empréstimo estava encaminhado. Para piorar, a Seleção Brasileira ficou de fora das Olimpíadas, motivação maior para os europeus procurarem o São Paulo.

Nomes como Felipinho, oferecido pelo Sport, foram rejeitados por Carpini, que continuou o plano de Dorival de transformar Michel Araujo na peça para jogar no lado esquerdo. É a solução temporária de Zubeldía, avisado da falta de confiança no jovem Patryck, agora a única peça do setor. 

O Tricolor negocia com uma opção brasileira que atua na Europa e está livre no mercado: Alex Sandro, considerado um investimento ousado.

“Nós já temos, nas mãos do empresário do Welington, a nossa quinta proposta. E hoje o Rui Costa (executivo de futebol) agendou com o empresário dele mais uma reunião para o início da próxima semana, mas o que a gente tem sentido é uma grande dificuldade, não tenho sentido o desejo da parte do empresário do Welington a vontade da renovação”, explicou o cartola tricolor, que seguiu", disse Belmonte.

“Vamos insistir. Eu tenho uma visão um pouco diferente de uma parcela da torcida. O que posso garantir é que, quando o jogador tem contrato em vigência, tem de usar até o final, independentemente de renovar ou não. Ele será usado até dia 31 de dezembro. Não temos a intenção de liberá-lo nessa janela. Mas a nossa prioridade é renovar com o Welington", completou. 

Carlos Belmonte deu mais detalhes sobre o andamento da negociação e deixou claro que o único entrave está sendo o valor pedido pelo empresário de Welington.

“A renovação não avançou e nem recuou. Ela continua no mesmo lugar. A gente mexe nas propostas, mexe no que é viável para o São Paulo, mas não recebe nenhum movimento em contrário do empresário. Os valores, ao nosso ver, seguem irreais para o São Paulo e vamos continuar discutindo com o empresário para tentar achar um lugar-comum, senão, vamos procurar desde já um atleta para o lado esquerdo, enquanto o Patryck vem evoluindo depois de passar por todas as divisões de base da Seleção”, esclareceu o diretor do São Paulo.

 

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