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Zubeldía descarta crise e atrito interno e exalta humildade no cotidiano do São Paulo: "Estou sempre disposto a ouvir"

 Sexta-feira, 28 de junho de 2024

Comandante argentino tratou de encerrar boatos no Morumbi (Paulo Pinto/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Após dias de turbulência com a goleada sofrida para o Vasco, Luís Zubeldía não se furtou a comentar sobre a onda de boatos que foi criada sobre sua situação no São Paulo e supostos atritos com o elenco, após a vitória sobre o Criciúma na quinta-feira (28), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

Em sua entrevista coletiva, o comandante argentino enfatizou sua postura humilde e disse que sob sua gestão, o diálogo é parte da rotina no Tricolor, seja com quem for dentro do clube.

"Eu sempre estou disposto a escutar. Sou uma pessoa muito aberta com meu estafe. Muito aberta com meus jogadores. Muito aberta com a direção. Mas no final, a decisão quem toma sou eu. Então, o tempo me ensinou a escutar. E o tempo me ensinou que, ao final, eu posso escutar, mas tenho que tomar as decisões. Quando trocar um jogador, quem posso tirar, tudo depende de mim. Sempre trato de atuar com convicção e até hoje sigo fazendo. Mas estou muito agradecido com a parte interna do clube porque quando se olha o resultado, tratamos de ajudar uns aos outros internamente", disse.

Zubeldía confirmou, mesmo nas entrelinhas, informação divulgada pelo AVANTE MEU TRICOLOR, de que reconheceu falhas ao rodar o elenco durante a maratona de jogos pós-Data Fifa. E apontou que os dias a mais para treinar que estavam fazendo falta foram cruciais para colocar o trem são-paulino de volta aos trilhos.


"Agora que tivemos uns dias a mais, falamos, tiramos conclusões, aprendemos. Porque eu posso conhecer muito do futebol brasileiro, mas de fora. Agora, de dentro. Tenho claro como é. Mas uma coisa é ter claro na teoria e a outra é vivendo. Estamos com os pés no chão, porque hoje ganhamos, mas ao mesmo tempo com a humildade de aprender e tirar conclusões quando as coisas não vão bem. Tirar conclusões, assim trabalhamos internamente. Não há nada para ocultar", apontou.

E sobre a situação em si, o comandante argentino minimizou. Disse que não é algo inédito na carreira e que está tarimbado.

"Não (há problema). Nenhum problema. Eu venho de dois processos bastante longos, três anos e meio no Lanús, quase dois anos na LDU. Imagine as diferentes situações pelas quais passamos. Eu creio que quando um não ganha duas ou três partidas, tem de se observar essa situação de uma maneira. E quando consegue somar dois pontos em quatro partidas, tem de saber observar, também. De outra maneira, mas tem de saber observar", analisou.

"Essa não é a primeira nem a última vez que tenho de manejar essa situação, tanto a favor quanto contra. Estou há 15, 16 anos trabalhando. O que podem comentar em redes sociais, hoje em dia, é quase obviedade. Quando ganha, se colocam no topo. E quando se perde geram um monte de hipóteses. Assim está o mundo atual. E venho de dois trabalhos muito longos. Essa é a situação. Mas o mais importante de tudo isso é que eu trabalho com gente muito boa internamente no clube (...). Mas também sabemos que estávamos em dívida", concluiu.



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