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Entenda os motivos pelos quais clube do Catar não quer liberar Thiago Mendes ao São Paulo nesta janela

 Terça-feira, 16 de julho de 2024

Volante nos tempos em que defendeu o Lyon, da França (Romain Perrocheau/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Cada vez mais, o futuro de Thiago Mendes passa longe, muito longe do São Paulo. Pelo menos nesta atual janela de transferências...

É o recado vindo do próprio volante e seu estafe do Catar, onde negociam a liberação do Al-Rayyan, com quem possuem contrato até junho de 2025.

Após o clube do Morumbi aumentar duas vezes a proposta financeira para conseguir a liberação do jogador de 32 anos, que já passou pelo Morumbi entre 2015 e 2017, a resposta teve tom definitivo: os cataris até liberam Mendes, mas somente no final do ano.

Os motivos alegados pelos dirigentes do país árabe são simples. Haveria muita dificuldade de se buscar uma reposição à altura de Mendes em um curto espaço de tempo. Até o começo do ano que vem, no entanto, o trabalho de observação poderia garimpar uma peça quem se ajustasse taticamente à equipe como o ex-são-paulino.

Não, a questão do clube catari não é financeira. Não procede que pedem "uma fortuna" para liberar Mendes. É tática. Uma exigência do técnico Poya Asbarghi, sueco que assumiu o comando do Al-Rayyan no último dia 6 e definiu que nenhum titular seria negociado. O objetivo é ganhar a Copa dos Campeões Asiática e garantir vaga na primeira edição do 'Super Mundial de Clubes'. Portanto, a menos que haja uma opção à altura do brasileiro, nada feito...

No Morumbi, um misto de sensações. Pelo lado do jogador, há a óbvia frustração. Mendes e sua família não esconderam a empolgação pela possibilidade de voltar ao Tricolor. Pelo clube, ainda resta um fio de esperança. Cada vez menor, é verdade.

Mendes era opção ao técnico Luís Zubeldía para substituir Pablo Maia, de fora dos gramados até o final do ano após passar por operação.

A princípio, o objetivo era o de conseguir a liberação do jogador de forma gratuita, mas diante da recusa catari, os dirigentes são-paulinos autorizaram o pagamento de até 2 milhões de euros (aproximadamente R$ 11,7 milhões) de forma parcelada para que o negócio saia.


Após novo jogo duro dos árabes, que até agostaram do valor, mas exigiram o pagamento à vista, a diretoria tricolor autorizou Paulo Pitombeira, empresário de Mendes e que encabeça as negociações, a aumentar o montante para cerca de R$ 16 milhões. Também parcelado, claro.

Disposto a ser oficializado o quanto antes como novo reforço do São Paulo, o próprio Thiago Mendes decidiu ir também ao Catar, mesmo de férias, para pressionar o Al-Rayyan nas negociações.

Até porque entre São Paulo e Mendes está tudo acertado. O jogador definiu um contrato de três anos com o Tricolor, já conversou com o técnico Luís Zubeldía, almoçou com os futuros companheiros no CT da Barra Funda e chegou a ir à Itaquera ver o clássico contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro. Familiares do volante também já postaram fotos com a camisa do clube do Morumbi, tornando público o interesse dele.

Para se ter ideia do otimismo são-paulino, já foi traçado um planejamento para que o jogador seja anunciado oficialmente tão logo seja liberado pelos cataris e inicie os treinamentos na Barra Funda antes mesmo da abertura da janela, quando poderá ser inscrito.

O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que o jogador foi uma indicação de Muricy Ramalho, que tomou à frente das negociações há semanas. Em um primeiro momento, contudo, a resposta vinda do estafe do volante foi ruim: a pedida salarial de Mendes estaria fora do patamar estabelecido pelo São Paulo para encontrar um substituto para Pablo Maia, de fora até o final do ano após passar por cirurgia.

Tudo mudou no decorrer da semana passada. Interessado em voltar ao Tricolor, o jogador conversou com Muricy, aceitou as condições do negócio oferecidas pelo clube do Morumbi e deixou encaminhado o seu retorno.

Resta apenas resolver o empecilho da liberação de Mendes junto ao Al-Rayyan. O jogador já teria enfatizado ao clube do mundo árabe o seu desejo de voltar ao Brasil. 

Antes de Mendes, o São Paulo procurou outros dois nomes para a posição. Um deles, Matheus Henrique, do Sassuolo, da Itália, acabou acertando justamente com o Cruzeiro. Arthur, ex-Grêmio e que pertence à Juventus, rejeitou a sondagem feita pelo Tricolor.  





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