Comandante do São Paulo neste sábado (6) por conta da suspensão de Luís Zubeldía, o auxiliar técnico Carlos Gruezo não teve como fugir das perguntas sobre o futuro da comissão após o vazamento da informação de que os nomes deles são os favoritos do Equador para assumirem a seleção daquele país.
Após a partida, o auxiliar, que é equatoriano, não escondeu a felicidade pela lembrança, mas se mostrou pragmático sobre a possibilidade de deixar o Morumbi neste momento.
"Como equatoriano, sempre é bom estar dentro da seleção, ou de um clube grande. Mas nós estamos bem no São Paulo. Estamos muito felizes de estar aqui. Temos um compromisso e contrato. Se vai especular sempre, não apenas o Luís e quatro ou cinco outros treinadores. Como comissão técnica, nosso pensamento e trabalho está no São Paulo", definiu.
A imprensa equatoriana revelou que o nome do técnico Luís Zubeldía é o favorito dos dirigentes da federação local para assumir o cargo de treinador da seleção nacional.
A Federação Equatoriana de Futebol anunciou na última sexta-feira (5) a demissão do espanhol Félix Sánchez após a eliminação nas quartas de final da Copa América para a Argentina, nos pênaltis.
O nome do 'Príncipe', como é conhecido no país, se torna até redundante, visto que é famoso pelos resultados obtidos nas vitoriosas passagens por dois dos maiores clubes locais, Barcelona e LDU.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que questionado internamente por dirigentes são-paulinos, Zubeldía novamente foi sincero. Disse que houveram sondagens, mas que a coisa se tornaria, digamos, mais definida, somente na próxima semana.
Algo semelhante ao que ocorreu em abril, quando seu nome foi ventilado na seleção argentina. E que acabou não se concretizando.
"Tenho lido notícias pela imprensa. Não tenho nada oficialmente. Mas é um sinal que o São Paulo tem acertado seus técnicos", minimizou o presidente Julio Casares, nos EUA, onde chefia a delegação da Seleção Brasileira.
"Quando tenho o nome do Zubeldía sendo colocado, a gente não fica surpreso pela competência dele, mas não tenho dúvida que ele continuará no São Paulo. Zubeldía é um cara comprometido, de palavra e ele vai somar conosco", completou.
De fato, não há motivos para surpresas. Além de Equador e Argentina, no início do ano, quando deixou o comando da LDU, Zubeldía recebe uma 'fumaça' da entidade máxima do futebol do país vizinho. E sondagens de outros selecionados latino americanos. Tal como respondeu ao São Paulo, descartou qualquer possibilidade de trabalhar buscando acima de tudo descansar e estudar um pouco mais o que acontecia no mundo da bola.
Se a palavra de Zubeldía não for o suficiente, o São Paulo confia na multa rescisória. O valor exato, mantido em sigilo, é deveras altas, apontam dirigentes, sem nenhum tipo de brecha para que assuma seleções nacionais, como aconteceu em um passado recente.
"Na verdade, existe uma multa, bilateral como era do Dorival. A CBF pagou a multa do Dorival e pagou também a multa do Carpini para vir ao São Paulo e sair do Juventude. Sobre o Zubeldia, tem uma multa e eu não posso colocar US$ 10 milhões porque e se eu precisar demitir? O patamar da multa é para doer para ele se sair e para nós se demitirmos. Tem que ser um valor razoável. Então, se fosse para sair e eu recebesse um valor enorme, todos achariam bom. Mas, se formos pagar, todos achariam ruim. Nós trabalhamos normalmente com uma multa de três salários, para cada e para lá de multa", revelou o diretor de futebol Carlos Belmonte.
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