James Rodríguez fugiu de cobrança na decisão por pênaltis do Paulistão (Foto: Diego Lima/AFP) |
Aos poucos, as situações polêmicas envolvendo James Rodríguez no São Paulo começam a vir à tona. Desta vez, Thiago Carpini, ex-treinador do clube e hoje no Vitória, revelou com detalhes como foi a situação em que o meia colombiano não quis bater pênalti na decisão contra o Novorizontino, pelas quartas de final do Paulistão.
Na ocasião, em 17 de março deste ano, o Tricolor empatou por 1 a 1 no tempo normal e levou a decisão aos pênaltis, onde acabou derrotado por 5 a 4. James pediu para não bater.
“Eu fiz a escala e ele (James) era o terceiro batedor. Depois, o Rafinha encosta em mim, como um líder e capitão, e disse que o James não queria bater porque não estava confiante, tinha perdido um pênalti na Sul-Americana. Aí falei com ele (James), e ele disse que não estava bem, não estava confiante e não iria bater. Se ele não estava confiante, não vou obrigar ninguém, tinha três ou quatro atletas, o Diego Costa, Michel Araújo e Welington que se colocaram à disposição”, revelou Carpini em entrevista ao UOL Esporte.
“Você tem os caras dentro ali que estão afim de fazer e estão mais confiantes no momento, então não tem porque eu falar: você vai bater. Aí se ele bate o terceiro e erra? Aí vem o Michel e disse que iria bater, e justamente foi o cara que acabou errando, foi uma fatalidade, é um cara que nunca fugiu da responsabilidade dele e tenho um respeito absurdo. Enfim, aconteceu porque tinha que acontecer, tinha um propósito nisso tudo. Tem a confiança, mas tinha que bater quem treina e quem tem mais responsabilidade. O James tinha que bater o pênalti. Ele era o terceiro batedor e acabou que naquele momento... Mas respeito o atleta”, explicou o ex-técnico do São Paulo.
Outra questão que atormentava o técnico é a suposta imposição da diretoria do São Paulo para que ele escalasse certos nomes em campo, especialmente, James Rodríguez, o que foi negado por Carpini.
“Li muita coisa que o James foi uma imposição para que ele jogasse, por exemplo, contra o Talleres, que ele foi titular, foi o primeiro jogo depois da eliminação e episódio dos pênaltis. Nunca o São Paulo, a diretoria ou qualquer pessoa ligada ao futebol do clube falou para eu escalar A, B ou C, jamais. Nunca ninguém interferiu dessa maneira no meu trabalho. Eu buscava muito o Muricy para ter conversas de opiniões e se eu não perguntasse alguma coisa ele nem falava. Todas as decisões que eu tive no São Paulo, quando eu coloquei ou não o James, foram minhas. Ninguém me influenciou a tomar qualquer decisão”, decretou Thiago Carpini.
James hoje brilha pela Colômbia na Copa América, onde é um dos principais jogadores do torneio. A situação do meia no Tricolor, no entanto, é totalmente indefinida. Ainda com contrato até 2025, a maior probabilidade é que ele seja mesmo negociado, especialmente após as boas atuações por sua seleção.
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