MARCIO MONTEIRO e RAFAEL EMILIANO
@Marcio_oretorno e @rafaelemilianoo
Agora não cabe mais recursos na Justiça. O time do Rio de Janeiro terá de pagar mais de R$ 5 milhões ao clube paulista em razão do calote na transferência do atacante Henrique Almeida, vendido pelo São Paulo ao Botafogo em 2013.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que o processo foi transitado em julgado. Ou seja: todos os recursos já foram esgotados. Desta forma, o São Paulo espera um dia entrar na fila à espera de ser indenizado pelo Botafogo.
Nos tribunais, o São Paulo levou a melhor tanto no Tribunal de Justiça quanto no Superior Tribunal de Justiça.
A disputa jurídica começou nos tribunais em 2018. Cinco anos antes, em 2013, o Botafogo havia assinado contrato com o São Paulo em que se comprometeria a ficar com 40% dos direitos do atleta mediante pagamento de R$ 2,4 milhões.
Desses R$ 2,4 milhões acordados, o Botafogo pagou apenas R$ 900 mil. Na Justiça, o clube do Rio alegou que não efetuou o valor pendente porque o atacante não justificou o investimento.
O Tricolor cobrou na Justiça o direito de receber R$ 1,5 milhão do Botafogo pela transação feita pelos dois clubes em 2013. O São Paulo pediu que o valor fosse corrigido, contando com juros e multas nesses mais de 10 anos de débito.
Time de General Severiano coleciona processos do Tricolor
O São Paulo está processando o Botafogo por falta de pagamento do valor devido pela compra de 70% dos direitos econômicos de Tchê Tchê, realizada em 2021.
O clube carioca pagou apenas uma parcela não divulgada dos R$ 4,8 milhões que teriam sido acertados, dos quais também teriam sido reduzidos cerca de US$ 350 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) referentes ao empréstimo de Érison, no ano passado.
Com juros e correção monetária, o valor devido atualmente seria de quase R$ 3,8 milhões. Com o prazo vencido mais recente expirando em 20 de fevereiro, sem pagamento, o Tricolor decidiu pela ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O clube do Morumbi também se prepara para entrar na Fifa contra o Glorioso. O motivo é a venda do goleiro Lucas Perri pelo time carioca ao Lyon. Ambos são administrados por Textor.
O jogador, que estava emprestado pelo Tricolor ao Náutico, acabou contratado em 2022 por R$ 1,2 milhão, com os paulistas mantendo 15% dos direitos econômicos.
Segundo revelado pela imprensa carioca, Perri deixou o Glorioso rumo à França por 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 53,4 milhões).
Ao todo, o São Paulo morderá 18,3% do montante, isso porque além dos 15% que manteve do goleiro, ainda recebe 3,3% pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. Ou seja, traduzindo em dinheiro, Perri garantiu aos cofres são-paulinos com a negociação cerca de R$ 9,85 milhões.
Mas o entendimento do Tricolor é que houve alteração dos valores de mercado, já que a transferência foi feita entre dois clubes de Textor, beneficiando aspectos como pagamento de impostos. Essa ação pode configurar transfer ban ao Botafogo e sanções pesadas ao Lyon inclusive.
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