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FULL PISTOLA: Com 2 meses no cargo, Zubeldía desbanca Abel Ferreira e se torna o 'rei' dos cartões no futebol brasileiro

Argentino será desfalque pela terceira vez por suspensão (Alexandre Schneider/Getty Images)

ALEXANDRE GIESBRECHT, ALEXANDRE GUARIGLIA E RAFAEL EMILIANO
@jogosspfc, @alexguariglia e @rafaelemilianoo

Mesmo tendo assumido o São Paulo apenas na quarta rodada, Luís Zubeldía lidera com alguma folga o ranking de cartões amarelos para técnicos nesta edição do Campeonato Brasileiro. 

O que ele levou neste domingo (21), diante do Juventude, foi seu oitavo na competição, deixando-o à frente de Abel Ferreira, do Palmeiras, que recebeu seis — atrás dele, vêm António Oliveira e Fernando Diniz, ambos atualmente sem clube, com quatro.

O cartão de ontem foi dado aos quatro minutos do segundo tempo, quando o técnico reclamou de uma bola que não teria saído pela linha lateral — embora não fosse pelo melhor ângulo, a imagem mostrada na TV sugeria que ele tinha razão em seu protesto.

Além das advertências no Brasileirão, Zubeldía ainda foi expulso uma vez pela competição (contra o Athletico-PR) e foi amarelado mais três vezes em outras competições: duas na Libertadores e uma na Copa do Brasil. 

Como cartões só passaram a ser dados a treinadores a partir de 2019, o argentino já lidera esse quesito na história do Tricolor seus 12 representam cinco a mais que o segundo colocado Dorival Júnior recebeu quando passou pelo banco são-paulino.

Suspenso pela terceira vez, Zubeldía não estará à beira do gramado na quarta-feira (24), quando o São Paulo receberá o Botafogo no Morumbi, às 19h30 (de Brasília), pela última rodada do primeiro turno. 

Seu auxiliar Maxi Cuberas deverá comandar a equipe, como já fizera no jogo contra o Bahia, no mês passado, quando o chefe também cumpria um gancho pelo terceiro amarelo. 

Na outra suspensão de Zubeldía, contra o Bragantino, Cuberas também estava indisponível, e Carlos Gruezo foi para o banco, mas, coincidentemente, ele também não poderá fazê-lo agora, pois foi expulso também em Brasília (DF), ao receber seu segundo amarelo em apenas dois minutos.

"Somos uma comissão técnica bastante extensa, e, dentro dela, também temos conosco o grande Mílton Cruz”, minimizou Zubeldía. “Eles farão isso (comandar o time contra o Botafogo) como fizeram tantas vezes em nossa carreira. Não é a primeira vez", completou.

Há um mês, ele já tinha deixado claro que as coisas seriam assim. “Tenho um recorde de expulsões e um recorde de cartões amarelos. Minha comissão técnica está acostumada comigo sendo expulso", disse.

Apesar de considerar seu histórico de cartões um “assunto menor”, Zubeldía procurou não demonstrar arrependimento. “Se tenho que me enfiar no campo e fazer a cena que fiz, é porque eu sinto assim o futebol. Eu vou jogar cada partida do Brasileirão como se fosse uma final. E se isso me vale três amarelos ou uma expulsão, bom… mas nenhum árbitro vai tirar de mim o sentimento. Eu vou sentir o futebol como me ensinaram”, disse. 

O treinador disse ainda não considerar que a arbitragem brasileira tenha algo pessoal contra ele, mas criticou o que considera um exagero. “Os árbitros têm uma obsessão por não sair do curralzinho [a área técnica]. Uma coisa é ser o árbitro, para fazer justiça dentro do jogo; outra coisa é ser autoritário e não contemplar algumas situações que são normais no futebol. E isso tem me surpreendido aqui no Brasil”, completou.

Fato é que o argentino pode se orgulhar de ser o treinador mais advertido do futebol brasileiro. Ele ultrapassou com folgas o palmeirense Abel, que tinha certa liderança folgada nesse sentiudo.

Em 268 jogos no comando do rival verde, o português acumula 59 amarelos e oito vermelhos. Ou seja, na média, Abel leva um cartão a cada quatro jogos, enquanto Zubeldía leva um cartão a cada uma partida e meia.

Desde que o argentino estreou no Tricolor, Abel levou menos da metade de cartões: são sete amarelos em 19 partidas. Fora isso, a última expulsão do português foi em maio do ano passado apenas.

Motivos que fazem o 'Príncipe' cumprir com a promessa de balançar de vez as coisas na beirada dos gramados brasileiros, fato que já era um sinal de alerta logo quando seu nome começou a ser cogitado, no início do ano, logo para o lugar de Dorival.



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