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No duelo dos tabus, São Paulo e Zubeldía levam a pior para o Fortaleza e veem distância ao G-4 aumentar

Kayzer festeja o tento inicial que acabou selando o destino do jogo (Leonardo Moreira/Fortaleza)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

No encontro entre os técnicos argentinos, era o jogo dos tabus. De um lado, Juan Pablo Vojvoda, que desde que assumiu o Fortaleza, nunca perdeu para o São Paulo. Do outro, Luís Zubeldía que desde de iniciada a carreira como treinador nunca sofreu um revés para o conterrâneo.

Por todos esses ingredientes, o duelo na noite deste sábado (27), que abriu o returno do Campeonato Brasileiro, no Castelão, tinha ares de decisivo, até pelo fato de ambos os times estarem disputando um posto no G-4, a sonhada zona de classificação à Copa Libertadores.

E o que podemos dizer é que a noite foi tricolor. No caso o dono da casa, que em uma noite de futebol fraco por parte do visitante paulista, contou com uma lambança logo no primeiro minuto de jogo de Igor Vinícius para vencer por 1 a 0, manter a escrita do seu técnico sobre o rival e trazer de volta o cheiro de crise pelos lados do Morumbi, afinal já são três jogos sem vitória.

A coisa já começou estranha na escalação. Apenas sem Lucas de opção titular, afinal o craque cumpria suspensão pelo terceiro cartão amarelo, Zubeldía resolveu inovar. Armou um 4-4-2 no papel, mas repleto de nomes que vinham esquentando o banco até então, como Ferraresi, Nestor, Wellington Rato e Juan (sim, a contestada cria de Cotia que teve confirmada a saída de graça para o futebol inglês). Pelo menos Calleri estava lá...

Mas quais os planos do treinador para o jogo? Difícil dizer, já que como antecipamos algumas linhas acima, o plano de jogo acabou sabotado cedo.

Logo no primeiro lance do jogo, Breno Lopes saiu em velocidade no contra-ataque, entrou na área e tentou passar por Igor Vinícius. Acabou derrubado. Pênalti marcado e cobrado por Renato Kayzer, que converteu e colocou o Fortaleza na vantagem do placar.

O lance acabou sendo decisivo para o primeiro tempo do jogo, afinal o que se viu no restante da etapa foi um São Paulo de pouca produção e capacidade ofensiva, ante um adversário que continuou apostando nas bolas longas e na velocidade de Breno Lopes para tentar surpreender, quase sempre dando certo e proporcionando jogadas de perigo aos mandantes.

Mesmo assim, diante de adversidades e um pouco de ausência de criatividade, o Tricolor ainda conseguiu criar boas chances.

A primeira veio aos 18. Após cobrança de escanteio de Rato, a bola ficou viva na área e três jogadores tentaram a finalização. Nas primeiras, de Juan e Alan Franco, a zaga travou. Na última, de Ferraresi, o goleiro João Ricardo conseguiu fazer defesa milagrosa e salvou os mandantes.

Mas foi pouco perto do que se viu aos 40. Em contra-ataque que soava fatal, de cinco são-paulinos contra dois cearenses, Juan carregou a bola mais do que devia, mostrando certa indefinição, e quando resolver tocar para Nestor, não só ele como Calleri estavam impedidos. A jogada, que culminou em gol do argentino, acabou anulada.

As estatísticas mostravam que nem tudo estava perdido para o São Paulo em sua noite nordestina, afinal a equipe liderava algumas estatísticas, como posse de bola e passes certos. E na volta do intervalo a equipe do Morumbi esteve melhor, acertou sua transição, melhorou a qualidade do passe e dominou mais os espaços e ações da partida. Para completar, peças importantes dos últimos jogos, como Luciano e Ferreirinha, entraram em campo.

O resultado veio aos 18, quando quase o empate veio. De novo em cobrança de escanteio de Rato, Breno Lopes acabou afastando de qualquer maneira e o rebote ficou para Bobadilla, que arriscou o chute e acertou o travessão.

O tempo ia passando, as emoções rareando e o Tricolor viu sem ímpeto esfriar. Para piorar, aos 26, quase os mandantes ampliaram. Hércules fez boa jogada individual, passou por Welington e finalizou chapado de esquerda, acertando a trave esquerda de Rafael.

O lance escancarou a necessidade do São Paulo em responder, para continuar o domínio (mesmo que inofensivo). E, três minutos depois, o troco foi dado, na mesma medida. Luiz Gustavo se viu livre de marcação e arriscou o chute de longe, também acertando a trave.

Aos 39, o Fortaleza poderia ter definido de vez as coisas. Após cobrança de falta errada de Liziero (que reestreou nesta noite), o Fortaleza arrancou em contra-ataque (de novo) com Moisés. Igor Vinícius chegou para o desarme, a bola subiu, mas o atacante do time cearense conseguiu manter a posse e finalizar às redes. Seria o 2 a 0, mas o árbitro Davi Oliveira Lacerda (ES) anulou o lance após revisão do VAR apontando suposto toque no braço.

Foi o ponto final de uma partida que se seguiu movimentada nos minutos finais, com o São Paulo mantendo a posse e indo para o ataque, mas de forma descoordenada e mais na base do abafa, sem conseguir grande coisa.

Com a derrota, o Tricolor estaciona no sexto lugar com 32 pontos e vê o Fortaleza, justamente o quarto colocado, chegar aos 36, ou seja, quatro de vantagem na sonhada zona de classificação à Copa Libertadores. 

O São Paulo volta a campo pelo Brasileirão no próximo sábado (3/8), contra o Flamengo, no mesmo horário (21h30, de Brasília), no Morumbi. Antes, contudo, a equipe encara o Goiás, também em sua casa, às 20h (de Brasília) de terça-feira (30), no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Classificação fornecida por Sofascore

 

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