O Botafogo se tornou uma SAF no início de 2022. E pelo menos uma escrita desde então os cariocas podem se orgulhar: desde então, nunca mais perderam para o São Paulo.
Na fria noite desta quarta-feira (24), a impressão era que enfim a freguesia tricolor para o rival alvinegro iria acabar. Mas os paulistas tomaram a virada em pleno Morumbi após saírem na frente do placar e após conseguirem uma reação na etapa final, selaram o empate em 2 a 2.
O resultado, se ainda mantém o São Paulo em certa posição na parte alta da classificação, o faz encerrar o primeiro turno do Campeonato Brasileiro fora do G-4, a zona de classificação para a Copa Libertadores.
Foi uma noite de altos e baixos. Lucas abriu o placar de pênalti logo no primeiro lance de jogo, mas a sequência do jogo mostrou que a noite poderia ser alvinegra.
O Botafogo precisou de apenas cinco minutos para empatar, também de pênalti, e conseguiu encaixotar o ataque são-paulino, levando perigo no espaçado meio-campo e exposta defesa dos mandantes. Assim, chegaram ao segundo gol.
Mas não seria nesta noite que o time de General Severiano conseguiria sua sexta vitória seguida. Na volta do intervalo, Calleri entrou em campo e o Tricolor cresceu. Ferreirinha empatou em lance de oportunismo de Lucas. E o gosto amargo fica pela montanha de gols perdidos de um mandante que claramente estava muito superior ao adversário.
Com o empate, o São Paulo chega aos 32 pontos. Por ora é o sexto (foi passado pelo Cruzeiro), mas a conclusão da rodada deve fazer com que perca mais degraus.
Buscando a reabilitação antes que comece as decisões de mata-mata previstas para agosto, o São Paulo abre o segundo turno às 21h30 (de Brasília) de sábado (27), fora de casa.
O JOGO
O duelo era com o líder da competição, mas o São Paulo não teve problemas para abrir o placar logo cedo. Aos 3, o Botafogo errou a saída de bola e Ferreirinha saiu livre dentro da área e acabou derrubado por Bastos. Pênalti marcado e cobrado por Lucas, que acertou o canto esquerdo de John para abrir o placar.
A festa, contudo, durou pouco. Exatos cinco minutos depois, após cruzamento à área, Tiquinho Soares tentou a finalização e a bola teria batido no braço de Welington. A princípio, o árbitro Felipe Fernandes de Lima (MG) nada deu, mas acabou sendo chamado para revisão pelo VAR e anotou a penalidade, que o camisa 9 do time carioca cobrou e empatou o jogo.
O ímpeto inicial dava a impressão de que o jogo como um todo seria deveras movimentado, com boas chances para ambos os lados, mas não foi o que aconteceu. O São Paulo pegou pilha com o pênalti marcado e caiu na armadilha botafoguense.
Com seu ataque encaixotado, o São Paulo passou a adiantar suas linhas para dar maior volume de jogo ofensivo em uma noite de Ferreirinha muito marcado, Luciano e André Silva apagados e Lucas com dificuldades. E aí veio o troco botafoguense, que adiantou sua marcação para pegar a lentidão da zaga na articulação e o espaçamento no meio-campo.
Aos 21, Lucas perdeu a bola na meiúca, os cariocas arrancaram em contra-ataque e a bola sobrou para Tiquinho no lado esquerdo. Ele fez o passe enfiado na medida para Cuiabano fazer a infiltração e bater cruzado na saída de Rafael, marcando um belo gol e selando a virada no Morumbi.
O que se seguiu no primeiro tempo foi uma dinâmica semelhante. O São Paulo ciscava no ataque, esbarrava no caixote botafoguense e tomava contra-ataque com as linhas ofensivas do adversário mais altas. Em dois lances seguidos, por exemplo, Luís Henrique saiu livre com Alan Franco e chegou a levar a melhor, mas a coisa não evoluiu a ponto de azedar ainda mais a noite.
Do outro lado, apático, o Tricolor insistia ou com Lucas, isolado, ou com Ferreirinha, marcado. Tanto que só conseguiu levar perigo a John em um chute de longe sem risco nenhum de Luiz Gustavo.
Na reta final do jogo, com ambas as equipes cansadas pelo ritmo frenético e as alterações feitas pelos técnicos, o nível caiu, as chances rarearam e o placar final acabou ficando no empate.
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