Hot Posts

6/recent/ticker-posts

OPINIÃO: Está na hora de jogar mais bola, assumir certos erros e parar de reclamar sempre da arbitragem

São-paulinos reclamam com Marcelo de Lima Henrique contra o Galo (Foto: Pedro Vilela/Getty Images)


MARCIO MONTEIRO

Já virou rotineiro. Acaba um jogo do São Paulo e as reclamações contra a arbitragem são as primeiras palavras ditas por jogadores e Luis Zubeldía, sejam após vitórias ou derrotas.

É claro que em muitas das últimas vezes o Tricolor tem razão, como no revés recente diante do Atlético-MG, quando a própria CBF admitiu erro em gol do Galo. Contra o Grêmio, os 13 minutos de acréscimos sinalizados também poderiam ser menos. E foi motivo para nova chiadeira são-paulina no Morumbi.

Porém, as reclamações por vezes extrapolam o limite. O maior caso foi do chilique de Zubeldia na entrevista coletiva após a derrota para o Atlético fora de casa. O treinador esteve acima do tom, pegou para Cristo o repórter que apenas lhe fez a pergunta de quais eram os lances que o deixaram tão irritado.

E agora, neste domingo (21) contra o Juventude, em que o São Paulo viu a equipe de arbitragem anular corretamente o gol marcado pelos gaúchos por toque de mão, Rafinha, Luciano e Zubeldía mais uma vez criticaram os homens do apito.

O lateral reclamou que Wilton Pereira Sampaio 'parou demais o jogo', com marcações de faltas dificultando as coisas para o São Paulo. E o treinador argentino falou mais uma vez sobre o excesso de autoridade dos árbitros brasileiros. Na maioria das vezes, Zubeldía descumpre a regra com reclamações e reações exageradas em campo, além de constantemente sair da área técnica, por vezes em mais de metro. 

Oras, senhor Zubeldía, se há regras, concordando ou não, temos que cumpri-las. 

O temperamento do treinador não é nenhuma surpresa dentro do clube. Pela LDU, ele também tinha média de um cartão recebido a cada dois jogos, números semelhantes agora no Tricolor. E o fato já causou conversas internas entre diretoria e treinador. Porém, parece que nada vai mudar, como disse o próprio Zubeldía na coletiva após o empate sem gols com o Juventude.


“Cada partida do Brasileirão jogamos para ganhar, jogamos como se fosse uma final, e eu vou continuar sentido o futebol como eu sinto. Se isso me acarreta três cartões e uma expulsão, tudo bem, vou continuar sentido o futebol assim. Somos um grupo técnico muito extenso e dentro deste grupo temos, graças a Deus, o grande Milton Cruz conosco”, declarou Luis Zubeldía.  

Se nada vai mudar quanto a suas atitudes, professor, que mude a atitude do time em certos momentos em campo, essencialmente na volta para o segundo tempo, quando o rendimento da equipe tem caído bruscamente. Foi assim nos últimos três jogos, com um resultado diferente em cada um. Na derrota para o Galo, na vitória sobre o Grêmio e no empate com o Juventude.

Luciano foi mais um, ainda no intervalo de jogo, a reclamar dizendo que 'sempre que o Wilton apitava, ele levava amarelo'.

O 'santo' Luciano que quase não reclama em campo e é tido como 'chato' até mesmo dentro do próprio elenco, de maneira carinhosa, claro. Ele que deu uma entrevista 'me engana que eu gosto' aos colegas da Globo no início do ano, dizendo que estava mudado e menos 'reclamão' para a temporada. Não é o que estamos vendo em campo.

Enfim, voltando a ressaltar que em lances claros em que a arbitragem prejudica o time, tem que ser cobrada. Mas especialmente pelos dirigentes do São Paulo, como bem fizeram após o jogo contra o Atlético mandando um ofício reclamando a CBF, e não por seu elenco e comissão técnica.

O que a torcida tricolor tem que ter em mente é que a arbitragem nacional é fraca para todos, não é exclusividade do São Paulo. Não se pode ficar com uma imagem de time 'chorão' a cada jogo, sendo que os juízes cometem erros absurdos a cada rodada no Brasil.

Até boa parte da própria torcida do time do Morumbi já está de saco cheio dos excessivos cartões recebidos por Luís Zubeldía e algumas reclamações fora do tom de alguns atletas.

Reclamar quando é de direto, sempre, especialmente pelas vozes de quem se deve ouvir, dos dirigentes.

Reconhecer certas atitudes erradas que fogem das regras, concorde você ou não, também cairia bem certas vezes no elenco. Focar mais em jogar futebol para não correr sustos desnecessários e esquecer um pouco a arbitragem não há de fazer mal.

Postar um comentário

0 Comentários