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Relatório do STJD que pede punição a Textor revela nomes de são-paulinos acusados por gringo de entregar clássico

 

Estadunidense viu sua situação se complicar no tribunal brasileiro (Frank Fife/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Um relatório conclusivo de mais de 50 páginas foi publicado ontem pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em relação ao caso em que o dono da SAF do Botafogo, John Textor, acusou atletas, clubes e árbitros de manipular resultados no Campeonato Brasileiro do ano passado. 

A conclusão, encaminhada para a procuradoria do órgão, foi de que as provas apresentadas pelo empresário são “imprestáveis”. 

Grande parte delas era resultado de análise feita por uma empresa, que detectou supostas anormalidade em alguns jogos, incluindo a derrota do São Paulo para o Palmeiras por 5 a 0, no Parque Antarctica, em outubro. 

Ao ser tornado público, o documento do STJD trazia omitidos os nomes dos atletas e árbitros acusados, mas isso foi feito com a simples adição de uma caixa azul sobre o texto, que seguia podendo ser selecionado. Assim, foram identificados os cinco são-paulinos que constam como vítimas: Caio Paulista (hoje no Palmeiras), Diego Costa, Gabriel Neves (hoje no Independiente, da Argentina), Lucas Beraldo (hoje no PSG) e Rafinha. 

Além deles, estão na mesma situação quatro jogadores do Fortaleza (Fernando Miguel, Juninho Capixaba, Marcelo Benevenuto e Tinga) e nove árbitros (Bráulio da Silva Machado, Raphael Claus, Rodrigo José Pereira de Lima, Rafael Rodrigo Klein, Rafael Traci, Ramon Abatti Abel, Sávio Pereira Sampaio, Wágner do Nascimento Magalhães e Wílton Pereira Sampaio, sendo que o primeiro foi citado três vezes, e os dois seguintes, duas vezes). 

Entre as conclusões, está a constatação de “infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito” e a configuração de ofensas contra a honra dos clubes, jogadores e árbitros originalmente acusados. 

O relator Mauro Marcelo de Lima e Silva sugeriu uma suspensão de seis anos para Textor, assim como uma multa de dois milhões de reais. Isso representaria a maior punição da história do órgão. 

Também foi pedido o encaminhamento do relatório para a procuradoria geral de Justiça do Rio de Janeiro, a fim de possíveis providências criminais. 

Já a procuradoria do STJD tem até sessenta dias para oferecer a denúncia. Se ela for feita, o processo será julgado pela comissão disciplinar, podendo ser julgado também pelo pleno, em caso de recurso.



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