O técnico Luís Zubeldía usou a retranca do Goiás no Morumbi para justificar a vitória por apenas 2 a 0 do São Paulo na noite desta terça-feira (30), no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
O treinador reconheceu que o Tricolor encontrou certa dificuldade e enfatizou que furar bloqueios é uma das situações mais difíceis do futebol, mesmo com um jogador a mais desde os 35 minutos de jogo, quando os visitantes tiveram um jogador expulso.
"É difícil tentar encontrar espaços e gols de maneira imediata. É o mais difícil do futebol. Essa é a situação mais difícil. Os jogadores que podem resolver em espaço curtos contra equipes que se fecham, como foi o Goiás, são os que fazem a diferença. Sabíamos da complexidade. Esse tipo de partida são os mais difíceis de destravar", disse, justificando-se.
"Quando falo de dificuldade contra equipes que se fecham bem tem que aparecer certos atributos que nem todas equipes tem. Há várias alternativas para destravar um bloco baixo. Um remate de meia distância é uma, por isso tentamos várias vezes, desdobramentos pelos lados, bola parada, o drible é muito importante, o passe criativo… Às vezes você não conta com todos esses atributos e não está em uma noite boa. Os rivais fizeram muitas faltas, de forma exagerada. Tivemos duas ou três situações claras, mas não fizemos. Tivemos o drible e passe no primeiro gol. Todas essas ferramentas foram aparecendo com o decorrer dos minutos. Queria que tivéssemos feito tudo isso em 30 minutos, mas não aconteceu", completou.
Diante da complexidade exposta pelo treinador, de acordo com ele, o São Paulo apresentou virtudes que merecem ser elogiadas.
"Há alternativas para destravar um bloqueio baixo, o chute de fora é um, a jogada por fora, a bola parada. O drible é muito importante. O passe criativo. Tivemos o drible no primeiro gol, a contundência também. São virtudes", apontou.
Segundo o treinador, buscando explorar justamente os pontos levantados, é que ele decidiu colocar em campo Erick logo na volta do intervalo.
"A entrada do Erick tem a ver com o espaço curto. Ele poderia atacar o espaço. Foi o que aconteceu na jogada do gol. É um jogador que resolve em espaço curto, por isso achei que a partida estava boa para ele. A mudança não tinha a ver com rendimento, era por característica, pois ele joga em espaço curto. O Rafinha titular também tem a ver com duas situações, ele me dá passes importantes e dá mais abertura, para o Lucas ir para dentro", concluiu.
O São Paulo pode agora até perder por um gol de diferença no duelo de volta, na quinta-feira da outra semana (8/8), às 20h (de Brasília), em Goiânia (GO).
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