Se houve um momento de má fase do São Paulo sob o comando de Luís Zubeldía, ele parece nunca ter existido.
Na noite desta quarta-feira (3), a equipe tricolor confirmou de vez a volta à boa forma e venceu o Athletico por 2 a 1 em plena Arena da Baixada, local onde historicamente enfrenta dificuldades (ainda mais na fase atual, com grama artificial), pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A terceira vitória consecutiva do São Paulo faz com que a equipe suba degraus mais do que importantes para se manter na disputa da competição no topo da tabela. O clube volta ao G-4, justamente na quarta posição, com 24 pontos, pelo menos até a publicação deste texto.
Para o duelo desta noite, sem poder contar com Luciano, Zubeldía fez o esperado: escalou Wellington Rato, mantendo a mesma formatação da equipe nos últimos jogos, apenas passando Lucas para atuar mais centralizado. Como muitos sempre quiseram. Mas com um elemento surpresa.
Deu certo. Foi um São Paulo o tempo todo arisco e incisivo, bem armado na defesa e perigoso no ataque. Na esquerda, o iluminado Ferreirinha conseguia se livrar da marcação. Nos outros setores ofensivos, Rato e Lucas se revezavam de lado, confundindo ainda mais os mandantes.
A receita fez o Tricolor criar boas chances. A melhor delas aos 26, quando Ferreirinha costurou na ponta e cruzou para Lucas, que só ajeitou de primeira para a finalização com perigo de Alisson, defendida pelo goleiro.
Seis minutos depois, contudo, os paranaenses não tiveram a mesma sorte. Igor Vinícius fez ótima jogada pela direita e tocou para Calleri. O argentino fez o pivô dentro da área e rolou limpo para Ferreirinha chegar batendo e abrir o placar.
A vantagem no marcador poderia dar maior tranquilidade ao São Paulo, mas aos 37 o Furação contou com sua principal peça. Julimar recebeu na entrada da área e ajeitou liso para Fernandinho soltar a bomba sem chances para Jandrei e empatar o jogo.
Na volta do intervalo, o Athletico ajeitou sua marcação, conseguiu anular mais as infiltrações são-paulinas e melhorou sua articulação de jogo.
Mesmo assim o Tricolor seguiu melhor. Aos 9, por exemplo, Ferreirinha, de novo, fez boa jogada, teve o cruzamento bloqueado, mas viu a bola sobrar livre para Calleri, que bateu para fora.
Chance que, claro, um centroavante não poderia perder. Mas o argentino ganhou nova chance de ouro aos 15. E mostrou todo o seu oportunismo. A zaga athleticana fez uma verdadeira lambança ao tentar sair jogando, Thiago Heleno caiu de bunda no chão e o camisa 9 saiu livre, na cara do gol, para só empurrar e sacramentar a vitória.
Na reta final do jogo, vendo seu jogo encaixotado, o Athletico sentiu o peso do nervosismo. Partiu para o ataque de forma desordenada e acabou parado com certa facilidade pela defesa tricolor.
E o que estava ruim piorou. Aos 29, o goleiro Léo Linck se estranhou com Welington, ambos trocaram empurrões e ofensas, ameaçou-se começar uma tretinha que logo foi interrompida. Mas o saldo final acabou sendo de expulsão do jogador athleticano.
Antes do São Paulo ratificar a primeira derrota dos paranaenses em casa pelo Brasileirão em mais de um ano, ainda teve tempo do técnico Luís Zubeldía e seu auxiliar Max Cuberas também serem expulsos.
Com mais três pontos na conta, o Tricolor volta a campo no sábado (6), no Morumbi, às 20h (de Brasília), contra o Bragantino, de novo pelo Brasileirão.
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