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Sócios do São Paulo rejeitam alterações no estatuto do clube propostas pela gestão Casares

Casares ponderou derrota da gestão em redes sociais (Instagram)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

ALEXANDRE GISBRECHT
@jogosspfc
DO ANOTAÇÕES TRICOLORES

A danosa proposta de reforma do estatuto do São Paulo, colocada em votação pelo grupo político do presidente Júlio Casares, foi derrotada no sábado (27), após ser rejeitada por 639 votos de sócios do clube (53,5% dos votantes). Outros 554 sócios foram favoráveis às mudanças, que teriam ampliado os mandatos dos conselheiros de três para cinco anos, oficializado o amadorismo na gestão do clube, possibilitado a suspensão de associados com critérios bastante subjetivos. 

No total, 1.198 associados votaram ontem até as 17h (de Brasília), quando foi encerrada a assembleia geral. Além dos votos favoráveis e contrários, houve quatro em branco e um nulo. 

Os 39 itens da revisão foram votados em bloco: ou seja, ou todos eram aprovados ou todos eram rejeitados. Alguns deles, como os três citados no parágrafo acima, estavam dentro da proposta de reforma rejeitada pelos sócios em janeiro de 2022 — a tentativa de legitimização do cargo do diretor de futebol Carlos Belmonte Sobrinho, conhecida popularmente como 'Cláusula Belmonte' desta vez tinha um mecanismo diferente, que possibilitaria ao presidente Júlio Casares uma maior flexibilidade para nomear associados para cargos não-remunerados na gestão. 

“O resultado das urnas é soberano e deve ser encarado não como vitória ou derrota de um ou outro grupo político interno, mas um triunfo do processo democrático e transparente que fortalece o clube”, escreveu Casares, em seu Instagram. 

Belmonte, que tinha pedido a sócios que buscassem mais votos para o “sim” durante evento sobre a reforma na última semana, manifestou-se publicamente apenas na forma de um comentário na postagem do chefe: “Leitura perfeita. Tivemos um dia de absoluta tranquilidade e convívio pacífico no clube social, como deve ser. As defesas de teses são sempre salutares e devem ficar a cargo do voto do associado, que elegeu você presidente por duas vezes, com número de votos para lá de significativo. Resultado de urna não se discute, se respeita.” 

Apesar do discurso de respeito ao resultado da urna, os precedentes sugerem que as medidas barradas poderão voltar à pauta do clube. Para que isso aconteça, é necessário um requerimento assinado por um quinto dos sócios, por cinquenta conselheiros, pelo presidente da diretoria (Casares) ou pelo presidente do Conselho Deliberativo (Olten Ayres de Abreu Júnior). Em seguida, a proposta passa pelo crivo de uma comissão legislativa e vai para votação no Conselho. Só após ser aprovada ali é que será convocada uma assembleia geral para os sócios darem sua palavra final.



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