O prazo de inscrições de jogadores novos para a disputa das oitavas de final da Copa Libertadores se encerra exatamente na próxima sexta-feira (9). E, com a janela de transferências aberta há quase um mês, o São Paulo novamente, como aconteceu no início do ano, vê as tratativas com peças tidas como prioritárias estagnarem. Ligando o sinal de alerta pelos lados do Morumbi.
Até aqui, apenas um nome foi oficialmente contratado pelo São Paulo. Marcos Antônio, que chega por empréstimo de um ano junto à Lazio, da Itália, com preço fixado para a compra em definitivo, chega a priori para suprir a saída de Alisson, que não joga mais nesta temporada após sofrer grave contusão e ter de passar por cirurgia.
O problema é que o camisa 25 é só um dos nomes que o clube precisa substituir na lista de inscritos a tempo para o duelo das oitavas de final ante o Nacional, do Uruguai.
Ao todo, cinco alterações na relação de inscritos podem ser feitas pelo Tricolor para essa fase da competição continental. E, contando com Alisson, seis nomes já integram mais a lista. Também contundido, Pablo Maia também está sem condições de jogo até o final da temporada. E Diego Costa, Nikão, James Rodríguez e Iba Ly deixaram o clube.
Para substituí-los, além de Antônio está definida a inscrição de Liziero.
Jhegson Méndez, que também voltou de empréstimo e treina com o grupo, está negociando com o Independiente del Valle e seria uma inscrição só 'para cumprir tabela'. Diante da falta de reforços, substituiria alguém do sexteto 'só para constar'. Mas seria uma medida desesperadora.
A verdade é que a janela são-paulina decepciona.
O clube definiu ainda no ano passado, quando Caio Paulista se mudou para o rival Palmeiras, que a prioridade seria um lateral-esquerdo. Não só não conseguiu fechar com o veterano Alex Sandro, com quem namorava desde o término do vínculo desse com a Juventus, da Itália, como parece estar tímido nas negociações por outros nomes. Chegando ao ponto das buscas soarem estar relegadas a um segundo plano, aceitando o fato de que Welington, com pré-contrato assinado com o Southampton, da Inglaterra, ser mesmo peça insubstituível até o final do ano.
Não é só...
Tão logo Maia entrou na sala de cirurgia por conta da grave contusão, dirigentes correram para dizer que procurariam um substituto. Não era uma mera formalidade, afinal. o técnico Luís Zubeldía pediu mais uma peça para a volância. Só que a coisa também não andou como se esperava.
O clube achou em Thiago Mendes, que jogou no Morumbi entre 2015 e 2017, o nome ideal. A vontade do jogador pelo retorno pesou. Só que a negociação não andou como se esperava. O jogador, que tem contrato com o Al-Rayyan até o meio do ano que vem, viu seu clube do Catar bater o pé pela liberação. E nada menos que quatro propostas enviadas pelo São Paulo foram recusadas, mesmo já tendo um acordo verbal por vínculo de três temporadas com o jogador.
Há ainda a esperança que a coisa ande. Mas para isso o Tricolor tem de correr e entregar a documentação até a próxima sexta-feira. Com os árabes meio que empurrando a questão com a barriga e continuando o jogo duro.
O correto seria correr atrás de outra opção, correto: Foi o que a direção fez. A pedido de Zubeldía, o clube avaliou o nome de Pol Fernandez, do Boca Juniors. O time argentino tinha interesse em Galoppo e até enviou uma proposta para ceder seu jogador em troca do meia são-paulino. Mas a resistência do camisa 8 em voltar a seu país natal e do próprio Tricolor em abrir mão de uma peça atrapalharam uma negociação que parecia certa.
O clube do Morumbi até tentou uma cartada de mestre. Como o contrato de Fernandez vai só até o final do ano, acertou um vínculo de duas temporadas com o jogador de 32 anos para tentar forçar sua liberação pelo Boca. Mas tal como fez com Welington e os ingleses, viu os Xeneizes com os sentimentos machucados mandarem uma bela banana e barrarem a artimanha.
Sobra a zaga. Zubeldía autorizou a venda de Diego Costa ao Krasnodar, da Rússia, desde que um substituto fosse contratado. O clube tinha na manga o nome de Maurício Lemos, uruguaio sem espaço no Atlético-MG. Novamente acertou com o jogador e previu um desfecho rápido. Só que o Galo, que tinha interesse em se livrar do alto salário da peça, complicou. Depois de topar o empréstimo de graça até o final do ano, mudou o termo duas vezes. Primeiro quis o repasse por um ano. Depois quis cobrar pela cessão. Fim das negociações.
Em um mercado até certo ponto frustrante, fica a dúvida da torcida para saber se como um passe de mágica o São Paulo vai resolver os buracos no seu elenco em uma semana. Ou se novamente Cotia será a fonte da solução imediata e até certo ponto desesperada.
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