Bobadilla extravasou após anotar um golaço pelo São Paulo (Foto: Rubens Chiri/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
Bobadilla fez um de seus melhores jogos com a camisa do São Paulo na vitória por 2 a 0 sobre o Nacional, que garantiu a vaga às quartas de final da Copa Libertadores, nesta quinta-feira (22), no Morumbi.
O volante paraguaio, reserva no início do ano já que a dupla Pablo Maia e Alisson dominava o setor, ganhou espaço com a contusão dos antigos titulares e faz com Luiz Gustavo uma nova parceria que vem crescendo no Tricolor.
Autor de um golaço contra os uruguaios, Bobadilla chegou nesta temporada ao clube, mas se mostra cada vez mais em casa. O jogador, porém, relatou após o jogo que a adaptação não vem sendo nada fácil.
“É difícil a adaptação. No meu primeiro ano as coisas estão acontecendo muito rápidas para mim, está sendo difícil. O gol, a comemoração, acho que foi um pouco do sentimento que é para mim marcar um gol aqui com essa camisa. Está sendo complicado, às vezes a adaptação, é outro ritmo, é outro jogo, mas estou tentando fazer o melhor para ajudar meus companheiros, dar a confiança que eles estão dando para mim, e hoje saiu muito bem”, falou ainda na pilha do jogo o volante ao canal Paramount +.
Bobadilla extravasou na comemoração após a pintura anotada diante de mais de 60 mil torcedores. O paraguaio está substituindo ninguém menos que Alisson, considerado um dos melhores do time enquanto ainda estava em ação. E a missão não é nada tranquila.
“Ele era atacante. Tem outro tipo de jogo. Se adaptou à posição de volante. É difícil substituir alguém que estava em um nível tão alto. É complicado. Mas não vejo como uma pressão. Vejo como uma motivação. Somos jogadores com características diferentes. Sabíamos que teríamos que estar em constante movimento dentro de campo”, explicou Bobadilla já durante a entrevista coletiva concedida após a partida.
Para se adaptar cada vez mais ao time, que precisava dele nos últimos meses, Bobadilla teve que fazer uma escolha complicada, entre defender seu país nos Jogos Olímpicos ou permanecer no São Paulo no período. E a decisão foi acertada.
“Sabia que ficaria muito tempo fora do clube, porque como fui para a Copa América, ir para a Olimpíada ficaria dois meses e meio fora do clube. Com a lesão do Pablo, passei a ter mais minutos, mais espaço, e quando está em um clube novo tem um compromisso com o clube, que apostou em mim. Minha primeira transferência, primeiro time no exterior. Não é qualquer equipe. Estou defendendo um tricampeão mundial”, concluiu o paraguaio.
Bobadilla foi um dos melhores em campo contra o Nacional, só atrás de Calleri, segundo as avaliações do AVANTE MEU TRICOLOR. Além do gol, acertou 83% dos passes e realizou sete interceptações defensivas diante dos uruguaios.
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