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BASTIDORES: Diretoria do São Paulo ouve de jogadores que houve provocações e ameaças de funcionários do Palmeiras em treta

Sabino teve enrosco com historiador do time verde (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Tão logo o plantel do São Paulo entrou nos vestiário da arena rival após a derrota para o Palmeiras no domingo (18) e a diretoria tricolor já começou a orquestrar o plano de defesa de seus jogadores para eventuais denúncias que possam ocorrer em razão da treta generalizada que aconteceu no final da partida.

Mas após ouvir o relato de alguns atletas e funcionários são-paulinos, os dirigentes decidiram tomar a dianteira.

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Foi quase que idêntico às falas sobre o ocorrido após a partida: funcionários do time verde teriam provocado os tricolores no momento em que deixavam o gramado.

Um dos nomes apontados foi o de Fernando Galuppo, historiador e membro da comunicação do Palmeiras. Segundo três jogadores, ele ficou ao lado do túnel de entrada ofendendo-os.

As imagens do zagueiro Sabino discutindo com Galuppo ganharam as redes sociais após a partida. O jogador disse que foi ofendido.

"Mandou ele voltar para a casa 'pianinho', mandou calar a boca, essas coisas. Além de proferir palavrões. Um ato de desequilíbrio", disse um dirigente são-paulino ouvido pela reportagem.

O mesmo cartola relata que outro funcionário da comunicação verde gritou que "hoje vocês vão dar coletiva na casa do caralho", uma alusão à reclamação feita pelo São Paulo do espaço destinado pelo rival para suas falas pós-partida no ano passado e que culminou na proibição de uso da sala de coletivas do Morumbi pelo técnico Abel Ferreira no jogo deste ano pelo Campeonato Paulista.

Ainda de acordo com mensagens em grupos de mensagem por celular a qual o AVANTE MEU TRICOLOR teve acesso, os são-paulinos reclamaram de funcionários da arena palmeirense. Um deles diz ter gravado o momento em que uma pessoa que fazia o apoio no túnel de acesso aos vestiários gritar "nós vamos abrir o portão da Mancha Verde pra pegar esses bambis. Inimigo aqui a gente trata assim".

Um conselheiro influente da gestão Julio Casares diz que um colega torcedor rival lhe deu solidariedade e revelou que a ordem era que seguranças palmeirenses agredissem os jogadores são-paulinos.

Cerca de 20 minutos após a denúncia, um diretor respondeu confirmando a história.

"Gente, foi uma truculência muito grande. Nossos jogadores foram seguros pelo braço e empurrados. O que a gente quer saber é se eles podiam entrar no campo assim", escreveu.

Por ora, o São Paulo não se pronunciou sobre as confusões ocorridas. Tampouco divulgou imagens suas sobre os fatos. O Palmeiras até mesmo cancelou entrevistas.

Internamente, o assunto será debatido nesta segunda-feira (19) entre Casares e o departamento jurídico. A ideia é pedir suspensão dos palmeirenses, inclusive jogadores, flagrados.

Na súmula do jogo, o árbitro Raphael Claus (SP) relata as expulsões de Nestor e Zé Rafael pela briga. 

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) divulgou nota logo após o fim do clássico em São Paulo dizendo que irá analisar a súmula e as imagens da partida para possíveis punições.

“A Procuradoria-Geral de Justiça Desportiva já está ciente dos fatos ocorridos na partida entre Palmeiras e São Paulo e adotará as medidas cabíveis na seara da persecução disciplinar, com base na súmula da partida e nas provas audiovisuais", informou Paulo Dantas, procurador-geral do STJD.

Os jogadores envolvidos na pancadaria podem ser denunciados por agressão física e receber punições segundo o artigo 254-A, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). 

A pena diz que o jogador pode ter uma ‘suspensão de quatro a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de trinta a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código’.

Assim, se denunciado e provado algum ato de agressão, jogadores de São Paulo e Palmeiras podem receber punição de quatro a doze partidas fora de ação.   


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