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Centésimo jogo faz Rafael entrar no panteão de goleiros do São Paulo com marca expressiva

Camisa 23 pode festejar: entrou para a história do Morumbi (Douglas Magno/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

ALEXANDRE GIESBRECHT
@jogosspfc
DO ANOTAÇÕES TRICOLORES

Talvez o fato de ter completado 100 jogos com a camisa do São Paulo justamente numa partida em que quase não trabalhou não deixe de ser uma espécie de presente para Rafael. Afinal, ele só precisou defender dois chutes do Nacional ontem, ambos entre os 25 e os 29 minutos. No primeiro deles, Bentancourt arriscou de fora da área, mas sem muita força, e o camisa 23 encaixou a bola com segurança. O segundo não deveria ter sido tão simples, porque um cruzamento desviado por Sanabria chegou limpo para Zabala, livre, na entrada da pequena área, mas seu chute saiu mascado, mais para cima do que para frente, e o goleiro não precisou se esforçar. 

“Poder vestir a camisa do São Paulo é um privilégio muito grande”, comemorou Rafael, que agradeceu a Deus, à sua família, à diretoria, à comissão técnica e à torcida. “Eu sou um cara privilegiado por poder vestir esta camisa pela centésima vez. Espero poder vesti-la mais vezes, porque toda vez que estou em campo representando o São Paulo é um sonho realizado, uma conquista muito grande. Eu ainda quero viver muitos jogos e muitos dias defendendo este clube.” 

Mas talvez a marca mais significativa atingida por Rafael ontem tenha sido uma que passou despercebida: ao não ser vazado, ele baixou sua média de gols sofridos por jogo de 0,798 para 0,790, assumindo o terceiro lugar na lista de goleiros da história do clube que atuaram pelo menos 60 vezes. 

Ele ultrapassou Gilmar (0,794) e agora está atrás somente de Sérgio Valentim (0,757) e Toinho (0,656). Curiosamente, seu reserva imediato, Jandrei (0,984), está apenas três posições atrás, tendo subido três degraus após também passar em branco no último domingo (11), na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, quando ultrapassou os esquecíveis Sidão e Bertolucci, mas também Zetti, um dos arqueiros mais vitoriosos da história são-paulina. 

Vale destacar que, por estarmos falando de médias, é possível que os goleiros atuais também desçam no ranking, já que seus números só serão “congelados” no dia em que eles se aposentarem. Mas, como nessa lista só entram atletas que atuaram num número mínimo de jogos que não é tão baixo, as posições de Rafael e Jandrei são relevantes. 

Para Rafael, que joga com mais frequência, ainda mais, especialmente porque seus números com o técnico Luis Zubeldía são impressionantes: em dezessete jogos, ele sofreu apenas três gols, uma média de 0,353 por partida. Comparada com a do período em que Thiago Carpini foi o treinador (19 gols em dezesseis jogos, uma média de 1,188), evidencia uma melhora defensiva do time como um todo, mas que também tem muito a ver com o goleiro, pois a média de Jandrei com o argentino é de 1 (11 gols em onze jogos).


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