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Comissão da Prefeitura exige contrapartidas de São Paulo e patrocinadora e emperra de vez nova fachada do Morumbi

Novo letreiro de identificação da casa tricolor continuará no depósito por ora (Divulgação)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A diretoria do São Paulo tinha até planejado estrear, enfim, a nova fachada de identificação do estádio do Morumbi, já com o nome do patrocinador dos naming rights, no jogo deste final de semana contra o Atlético-GO, pelo Campeonato Brasileiro. Mas os planos terão que ser adiados mais uma vez.

Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento exigiu do clube e da fabricante do chocolate que agora batiza sua casa que apresentem contrapartidas para amenizar o impacto visual na região do estádio, na zona oeste paulistana.

De acordo com nota enviada à reportagem pela Pasta municipal, de responsabilidade da gestão Ricardo Nunes (MDB), foi recebida uma minuta do Termo de Cooperação que prevê as contrapartidas urbanísticas nos espaços próximos ao Morumbi.

"A minuta com o projeto urbanístico está em análise pela Comissão", diz a nota enviada ao AMT pela Municipalidade.

É a última etapa antes de, enfim, o Tricolor poder inaugurar a nova identificação da sua casa.

E o que seriam essas contrapartidas? Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, seria a redução de publicidade e identificação visual por parte do São Paulo em todo o seu entorno, incluindo a área do clube social. Os requisitos seguem a Lei Cidade Limpa, promulgada na gestão José Serra (PSDB) em 2005 e que baniu propagandas como outdoors e exigiu a redução de fachadas e pinturas publicitárias como forma de padronizar o cenário urbano e impedir a poluição visual e degradação das construções.

Polêmico na época, o projeto acabou se tornando espelho para outras cidades e foi inclusive remodelado e ampliado com o passar dos anos, criminalizando atos como pichação e publicidade estática em muros, por exemplo.

Mesmo assim, contudo, a lei não trouxe a longo prazo melhorias no que diz respeito à condição clínica dos paulistanos, um dos precedentes alegados na época de sua elaboração. Ou seja, não houve queda nos atendimentos da rede pública de saúde de doenças relacionadas à visão e psiquiátricos. Tampouco pichações e afins diminuíram

Seja como for, no que diz respeito ao São Paulo, o assunto se arrasta. O clube encerrou em abril o leilão das letras que formavam a antiga identificação como Estádio Cícero Pompeu de Toledo e já doou o dinheiro para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

A entrada principal, defronte à Praça Roberto Gomes Pedrosa, está limpa desde janeiro. 

O Tricolor esperava inaugurar a nova identificação ainda durante o Campeonato Paulista. Depois adiou para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mas desde então, com a lentidão do poder público em fornecer o Cadan, sigla de como se chama o registro municipal de publicidades em locais visíveis publicamente, passou a evitar fazer prognósticos.

Internamente no clube, contudo, vazou a informação de que enfim a fachada poderia ser inaugurada neste final de semana. Mas para receber o alvará da Prefeitura, é preciso consenso entre os integrantes da Comissão responsável (segundo especialistas), o que deve atrasar mais uma vez a estimativa. 



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