O Sã Paulo não vence o Atlético-MG desde 2020. E de fato o adversário mineiro parece ter virado uma sina na vida tricolor.
Na noite desta quarta-feira (28), após jogar mais de 90 minutos ditando o ritmo e criando as únicas oportunidades de perigo do jogo, chegando a perder dois gols incríveis com Calleri e Lucas, o Tricolor tomou um contra-ataque nos acréscimos, levou o gol e saiu derrotado por 1 a 0 para o Atlético no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, em pleno Morumbi.
Não se pode considerar o resultado injusto. Entrincheirados, os rivais fizeram um duelo calculado, sem muita quebra de linha defensiva e muito mais de disciplina tática do que de ímpeto ofensivo.
Talvez tenha sim faltado um pouco de repertório e ousadia ao São Paulo, ante um adversário que parece ter aprendido a lhe enfrentar e conduzir as coisas mesmo com torcida contrária.
Mas é pouco, muito pouco, convenhamos... E assim a vantagem do duelo eliminatório fica com o adversário mineiro, que completou oito jogos sem perder para o Tricolor, que dá adeus a uma invencibilidade de dez partida em seus domínios.
São Paulo e Atlético fazem o duelo de volta das quartas da Copa do Brasil somente no dia 12 de setembro (quinta-feira), após a Data Fifa, às 21h45 (de Brasília), na arena rival. O empate classificará os mandantes.
Antes disso, contudo, o Tricolor volta a campo às 18h30 (de Brasília) de domingo (1/9) para enfrentar o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.
Para quem esperava grandes emoções, o primeiro tempo no Morumbi reservou um jogo entrincheirado, com as equipes pouco procurando se arriscar para abrir mão dos sistemas de jogo implantados.
Não, não se trata meramente de times retrancados, mas sim de uma intensa dedicação tática, que deixou a partida parelha, monótona, estudada, chata mesmo para quem não tem grandes piras por formações e sistematizações...
Faltava a individualidade, a verticalidade, a criatividade para buscar quebrar as linhas, chegar com perigo à frente. Faltava Ferreirinha, digamos assim.
Com Lucas completamente emparelhado pela marcação e Luciano em noite pouco inspirada, restava a Wellington Rato tentar esse 1 x 1. E, com as beiradas do campo ocupadas, o camisa 27 acabou sendo o responsável pela criação das melhores oportunidades, todas em chutes de fora da área.
Aos 18, o meia-direita tabelou com Calleri, cortou para oi meio e arriscou a finalização. Everson espanou e rebateu a bola para a área, sem nenhum são-paulino conseguir concluir.
Aos 32, novamente o camisa 27 tirou suspiros das arquibancadas. Tal como tinha feito no lance anterior, ele recebeu passe na direita, cortou para o meio diante da ausência de marcação e bateu forte, para mais uma defesa de Everson.
Uma é pouco, duas é bom e três é muito? Pois bem, na volta do intervalo, logo aos 3, mais uma vez Rato foi o nome da emoção. Ele se livrou de Paulinho na marcação e bateu colocado, com força, para mais uma defesa do arqueiro atleticano.
O tempo foi passando e o Atlético abandonou de vez o jogo, concentrando suas atenções nas linhas defensivas. Era hora do Tricolor aumentar sua intensidade. Mas não foi o que se viu, apesar das boas chances aparecerem.
Aos 22, Sabino se mandou ao ataque e abriu o jogo com Rafinha pela direita. O lateral cruzou e a bola passou por Luciano e Calleri sem que nenhum dos dois, completamente livres, desviasse.
Na reta final, Calleri talvez tenha perdido a segunda melhor chance do jogo. Aos 38, ele é lançado pela direita, ganha na trombada de Alonso e bateu cruzado já quase na pequena área, à queima roupa, mas Everson já tinha saído e fechado o ângulo para defender.
Segunda? Sim, porque aos 43 Lucas perdeu a bola do jogo. Rafinha levantou a bola na área. Calleri ajeitou, Bobadilla tentou finalizar, mas ela ficou na defesa. O volante recuperou e cruzou na primeira trave para o camisa 7 aparecer, completamente livre e testar com força, à direita do gol de Everson,
Poderia ter selado o empate sem gols, mas... Já aos 46, Luciano vacilou feio no ataque, perdeu a bola e forçou Sabino a fazer a falta para matar a jogada. Na cobrança, Scarpa cobrou na cabeça de Bataglia, que testou e matou Rafael, definindo mais uma vitória atleticana sobre o Tricolor e complicando as coisas são-paulinas na Copa do Brasil.
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