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Em primeira reunião, São Paulo e Mário Rui avançam, mas tempo de contrato e Napoli emperraram acerto

Português durante coletiva de imprensa, no ano passado (Miguel Riopa/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

O executivo de futebol do São Paulo, Rui Costa, e os agentes do lateral-esquerdo Mário Rui, de 33 anos, tiveram nesta segunda-feira (19) a primeira reunião para tratar oficialmente da negociação para a contratação do português pelo clube do Morumbi.

E, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, a coisa caminhou. Mesmo que não tenha sido na velocidade desejada (ou informada pela imprensa italiana, que dá o negócio como certo).

Isso porque o Tricolor teve resposta positiva na oferta salarial (a quantia oferecida foi a mesma que ao brasileiro Alex Sandro), mas dois quesitos tiveram um desentendimento. 

O São Paulo quer um contrato de um ano e meio com Rui. Tudo muito bem, mas o fato é que o jogador tem vínculo com o Napoli até o meio de 2026.

Trata-se de um empecilho, porque o clube do sul italiano aceita fazer o chamado 'repasse de contrato', algo comum no país da bota.

O que isso significa? Que os clubes abrem mão de seus jogadores para outro, desde que o interessado arque com o restante do tempo de vínculo.

Trata-se de uma espécie de manobra usada pelos italianos para conseguir inscrever outros jogadores, principalmente de fora do país, no local, sem atrapalhar as rígidas normas adotadas para evitar a proliferação de atletas estrangeiros na primeira diviso local.

Não, o Napoli não quer nenhuma compensação financeira por Rui. Pelo contrário, já fala do jogador que defende suas cores desde 2018 em tom de despedida. Mas sem o 'repasse de contrato', precisaria rescindir com o lateral.

Tudo muito bem, os italianos aceitam, mas sem pagar um tostão a Rui. Quer ir, vá, mas que eles se livrem da multa e cláusulas de pagamentos previstos para as duas temporadas restantes.

Na conversa com Costa, os empresários explicaram a situação. E querem que o Tricolor banque pelo menos parte do montante, mesmo que de forma diluída em parcelas, nas luvas pelo acerto.

O valor, mantido em sigilo, está acima do planejado pelo Tricolor. E reunião ocorreu nesta noite com a presença do presidente Julio Casares.

São duas alternativas: aceitar o contrato até junho de 2026 ou abrir os cofres. 

Uma opção sugerida pelo estafe é de, além do contrato de dois anos e meio, o São Paulo ofereça cláusulas de produtividade que possam garantir a renovação por uma temporada a mais. Com isso, abaixam até as luvas pedidas.

Seja como for, a coisa está mais do que quente. E o martelo deve ser batido nesta terça-feira (20). Os agentes prometem que Rui pode embarcar ao Brasil já nesta quinta-feira (22) caso o entendimento ocorra. E apareça no Morumbi para o duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Nacional, do Uruguai. 



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