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FAZIA TEMPO: São Paulo não fazia só uma substituição em um jogo há dez anos

Rato foi o único sacado de campo na derrota de quarta (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno

ALEXANDRE GIESBRECHT
@jogosspfc
DO ANOTAÇÕES TRICOLORES

A grande polêmica na derrota do São Paulo para o Atlético-MG no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, em pleno Morumbi, esteve nas substituições feitas. 

Ou melhor, na substituição, no singular, porque o São Paulo fez uma única, ao trocar Wellington Rato por Rodrigo Nestor.

Isso é tão raro, que a última vez que o Tricolor não fez mais de uma alteração foi há quase dez anos, em 15 de março de 2015, quando Muricy Ramalho sacou Hudson para colocar Rodrigo Caio, aos 17 minutos do segundo tempo de uma vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Paulista daquele ano. 

Vale destacar que, naquela época, eram permitidas apenas três substituições, algo que mudaria a partir de 2020, quando a regra passou a prever cinco mudanças. 

Por causa disso, a última vez que o Tricolor deixou de fazer qualquer alteração em uma partida foi ainda mais no passado: em 30 de julho de 2014, também com Muricy, numa vitória por 2 a 1 sobre o Bragantino, pelo jogo de ida da fase de 16avos de final da Copa do Brasil. 

“Sentimos que vínhamos desenvolvendo bem a partida e que estávamos trabalhando muito no campo adversário”, explicou o auxiliar Maxi Cuberas, que substituiu o técnico Luis Zubeldía, suspenso. “Com o resultado, pode ser que tenha sido um erro. Consideramos que estávamos bem, porque tínhamos o Atlético-MG em seu campo e geramos muitas chances de bola parada e tiros livres, (mas) não conseguimos concretizá-las. Basicamente, é por isso que não fizemos as alterações ou que colocamos Nestor muito em cima da hora. Mas sentíamos que estávamos bem e que estávamos competindo bem.” 

A demora para fazer a primeira mudança, já a poucos segundos do fim do tempo regulamentar, também foi criticada. Afinal, em nenhuma partida no ano o Tricolor demorou tanto para mexer no time quanto na noite desta quarta. 

O recorde anterior tinha sido estabelecido no jogo contra o Bahia, em 30 de junho, quando nenhuma troca tinha sido feita até os 39 minutos do segundo tempo. 

Coincidentemente ou não, naquele jogo também era Cuberas quem estava no banco, e as substituições tardias parecem ser uma característica sua: nas outras duas vezes que comandou a equipe, ele só fez cinco alterações antes dos 35 minutos da etapa final, e três delas foram por lesão (Ferreirinha, Moreira e Patryck, contra o Palmeiras, no domingo retrasado). A única outra foi de André Silva por Calleri, aos onze minutos do empate por 2 a 2 com o Botafogo-RJ, no mês passado. 

Ao falar na zona mista após o jogo, Lucas Moura chegou a ser questionado sobre a polêmica da noite, mas evitou fazer críticas. 

“Ele (Cuberas) fez um excelente trabalho. Toda a comissão do Zubeldía tem toda a nossa confiança. Nós não temos que questionar a decisão do treinador. Ele tomou a decisão de não fazer nenhuma alteração, e nós temos que acatar dentro de campo. Ali, nós nem pensamos muito nisso. Nós queremos jogar e buscar o resultado. Não cabe a nós falar sobre isso", disse.

 


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