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MAIS UM: De Eusébio a Figo, Mário Rui entra em lista de portugueses sondados pelo São Paulo e que não vieram

Eusébio, o maior da história do Benfica, com Rogério Ceni (AFP)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

O São Paulo decidiu encerrar nesta quarta-feira (28) as negociações para contratar o lateral-esquerdo Mário Rui após não chegar a acordo financeiro pela liberação com o Napoli, da Itália.

Com isso, Rui entra agora para uma lista já grande de atletas lusitanos que negociaram ou foram sondados pelo Tricolor e acabaram não desembarcando no Morumbi. E acredite, tem nomes de peso na relação.

Relembre abaixo alguns nomes lusitanos que já foram cogitados como reforços do São Paulo.

1 - EUSÉBIO

O maior jogador português da história (pelo menos para os benfiquistas) quase desembarca no Morumbi antes de fazer história pelos encarnados e o selecionado nacional. O AMT já contou essa história (clique aqui para ler mais). Foi uma indicação do ex-zagueiro Bauer, que ficou encantado com o Pantera Negra em uma série de amistosos da Ferroviária, time que treinava, em Moçambique (à época colônia portuguesa). Após ver o presidente tricolor da época Laudo Natel não se animar com a propaganda, pegou o telefone e ligou para Bélla Guttmann, seu treinador no Tricolor e que já estava na Luz. O húngaro tesourou o acerto de Eusébio com o rival Sporting. E o resto é história. 

2 - COLUNA


Eusébio não foi o único luso-moçambicano que poderia ter vindo ao Brasil. O médio-central Coluna, outro herói daqueles tempos benfiquistas e da seleção, também quase desembarcou no Morumbi. Perseguido pela ditadura do Estado Novo por defender publicamente a independência de seu país africano, sofreu pressão política e pediu para deixar Portugal em 1970, quatro anos depois de ser condecorado pelo regime fascista de António de Oliveira Salazar. Com a ajuda de Oto Glória, seu treinador em 1966, bateu à porta de Vasco, Fluminense, Corinthians e... São Paulo. As conversas não avançaram muito e o ídolo encarnado acabou indo jogar no Lyon, à época um time pequeno da França, onde encerrou a carreira dois anos depois e voltou à sua terra para primeiro ajudar na Guerra Colonial e depois assumir a presidência da federação local de futebol.

3 - AROUCA

Humberto da Silva Frias, o Arouca, é um caso curioso de português de nascença, mas que veio ainda criança para o Brasil e se fixou em Santos (SP). Após começar na Portuguesa Santista, foi comprado pelo rival Palmeiras em 1974, onde ficou até 1977 e acabou dispensado em uma reformulação de elenco dos verdes. Negociou com o São Paulo, onde faria companhia ao ex-companheiro Edu, que 'pulou o muro'. Mas acabou indo parar na Portuguesa. Segundo a revista 'Placar', dirigentes tricolores acharam seu passe "caro demais".

4 - JAIME MAGALHÃES


Um dos maiores ídolos do Porto, o médio foi uma das peças fundamentais do histórico título da Champions League de 1987 dos Dragões. Mas a atuação no Mundial de Clubes, onde venceu o Peñarol, que quase culminou com sua ida ao Morumbi. Na ocasião, chamou a atenção do empresário Juan Figer, velho conhecido de negociações com o São Paulo. Com uma representação em mãos, o uruguaio tentou negociá-lo com o Tricolor em 1988, de olho no cofre cheio pela venda de Careca ao Napoli. O valor de US$ 2 milhões pedido pelos portistas afastou qualquer possibilidade de negócio pelo clube do Morumbi, que preferiu gastar com outro nome para o meio-campo: Raí.

5 - PAULO FUTRE

Também campeão da Europa e do Mundo em 1987 com o Porto, Paulo Futre foi outro nome que quase desembarcou no Morumbi, mas nos anos 1990. Era a época da FPF (Federação Paulista de Futebol), sob a batuta de Eduardo José Farah, se meter a comprar jogadores e repassá-los aos clubes, em uma tentativa de elevar a publicidade do Paulistão. Em 1997, após o rival Corinthians levar Marcelinho Carioca por meio de um sorteio por telefone (febre na época), o folclórico português, já veterano, passou a negociar com a entidade. O plano era encaixá-lo na Portuguesa ou Santos. Mas após a ida de Renato Gaúcho ao São Paulo virar água, em um trauma que permanece até hoje, o Tricolor virou mais uma opção de escolha para o atacante, que de última desistiu da aventura brasileira e acertou um contrato milionário com o Atlético de Madri, onde também era idolatrado.

6 - ABEL XAVIER

Mais um luso-moçambicano. Lateral e zagueiro, Abel Xavier ficou mais marcado pelos penteados exóticos do que propriamente pela qualidade. Mesmo assim rodou por grandes clubes europeus. Como nunca escondeu o desejo de atuar no Brasil (chegou a conversar com o Flamengo em 1999), o São Paulo achou que seria um bom nome após ele ficar sem contrato com o Galatasaray em 2003. A coisa não passou da especulação, daquelas que acusam jornalistas de inventar para vender jornal, afinal na mesma semana que vazou a procura tricolor, o alemão Hannover anunciou sua contratação.  

7 - LUÍS FIGO

Essa foi o próprio São Paulo que tornou pública. Tão logo o craque Luís Figo, o maior português de sua época, anunciou que não renovaria o contrato com a Inter de Milão em 2009, o então diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, que tinha ambições de substituir Juvenal Juvêncio na presidência, correu para revelar que o clube do Morumbi oferecia um contrato para o meia-atacante se despedir dos gramados com a camisa são-paulina. A coisa ganhou certo otimismo, baseado em supostos parentes de Figo que moravam na capital paulista e teoricamente frequentavam os jogos do Tricolor. Semanas depois, contudo, questionado por jornalistas brasileiras, o próprio jogador desmentiu a informação. Mas deixou sua vinda em aberto. Logo viraria vinagre, com ele se contundindo gravemente e dando adeus aos campos sem nem poder jogar na reta final daquela época pelos italianos.

8 - PEPE

Esse é trapaça, sabemos. O zagueiro é brasileiro. Mas como além de naturalizado, já renegou publicamente seu país de origem, colocaremos aqui. Em 2021, quando discutia sua renovação de contrato com o Porto, onde é lenda, o jogador deu uma entrevista falando que existia, sim, a possibilidade de atuar por aqui. E entre os nomes citados, soltou um São Paulo. Foi o suficiente para que as manchetes fossem ganhas. Mas a proposta foi feita antes, muito antes e não foi à toa a citação. Em 2018, quando seu vínculo com o Real Madrid acabou. A então diretoria do Tricolor procurou seu estafe e conversou sobre valores. Antes da resposta, contudo, o turco Besikitas apareceu e jogou água no chope são-paulino, já que com a prioridade de seguir na Europa, ele encerrou as conversas. 



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