Como era algo esperado, até pelo esquema de treinos durante a semana e a expectativa para a disputa das oitavas de final da Copa do Brasil e clássico, o São Paulo apareceu para o duelo deste domingo (11) contra o Atlético-GO com o time reserva.
E, como era esperado pelo prognóstico do que a competição apresentava até aqui, mesmo a escalação inédita do Tricolor na temporada, que contou, entre outros, com o ressurgimento de Liziero nos 11 iniciais e a estreia de Marcos Antônio pelo clube, não teve grandes dificuldades ante o lanterna, agora há 15 jogos sem vencer.
Vitória por 1 a 0 na fria tarde de dia dos pais no Morumbi, longe do primor técnico de encher os olhos, mas suficiente para manter a escrita são-paulina de nunca ter perdido para o rival goiano como mandante na história.
Mais que isso: o resultado faz o Tricolor voltar a sonhar com glórias maiores na principal competição nacional. Com o complemento dos resultados da 22ª rodada, o São Paulo fica na quinta colocação, com 38 pontos, apenas cinco atrás do líder Botafogo.
A tarde começou estranha no Morumbi, com o Atlético criando a primeira chance de perigo logo aos três minutos, com Pedro Henrique desviando cruzamento de cabeça e exigindo boa defesa de Jandrei.
Mas se havia algum tipo de desconfiança da torcida com o mistão são-paulino, ela acabou pouco depois, aos 14, em ótima jogada. Marcos Antônio dominou bola na esquerda e virou o jogo para a lateral-direita. Moreira então encontrou Wellington Rato, que avançou e cruzou na medida da intermediária para André Silva subir sozinho e testar firme para abrir o placar.
Gol do futuro papai, que aproveitou a data especial para festejar com familiares e homenagear a si mesmo, que logo terá um novo herdeiro na prole.
A vantagem no placar esfriou ainda mais a já fria tarde e o que se passou a ver no Morumbi foi um jogo mais cadenciado, com o São Paulo, prejudicado pelo desentrosamento, privilegiando a posse de bola e as jogadas trabalhadas ao invés de se arriscar ao ataque.
Em meio à lentidão e falta de objetividade, melhor para os visitantes, que cresceram, mas tropeçavam na própria falta de qualidade. Aos 36, por exemplo, Alejo cobrou falta com qualidade na área e Adriano fez o desvio para fora.
E foi assim, nesse ritmo torpe, que a partida completou sua etapa inicial. O São Paulo arriscou dois chutes de longe, com Rato e André Silva, ambos sem muito perigo. O Dragão respondeu com Baralhas, esse com um pouco mais de perigo. E se seguiu para o intervalo com a esperança de coisas melhores em campo.
Na volta do intervalo, os visitantes cresceram. Aos 8, Campbell tentou a finalização, que acabou bloqueada na defesa, com Jandrei defendendo a cabeçada de Hurtado na sequência do rebote.
O mesmo Campbell, que entrara no intervalo e aumentou a produção atleticana, voltou a dar trabalho aos 16, quando cobrou falta venenosa para boa defesa de Jandrei.
A resposta tricolor demorou em meio ao bombardeio, mas veio. Três minutos depois, Michel Araujo apareceu livre pela esquerda e fez o passe na medida para Nestor, livre, chutar em cima de Rangel, que saiu grande e fez a defesa para evitar aquele que seria o segundo tento são-paulino.
O lance parece ter bagunçado a cabeça do adversário em crise. E o São Paulo, que não tem nada a ver com isso, foi de novo ao ataque. Aos 23, Nestor e Moreira trocaram bons passes na entrada da área e o lateral finalizou com perigo de fora da área, exigindo mais uma bela defesa de Rangel.
O jogo seguiu e com as alterações, que colocaram em campo titulares como Bobadilla, Luciano e Ferreirinha, o São Paulo retomou de vez o domínio do jogo. O camisa 10, inclusive, foi o responsável pelo lance mais plástico o jogo. Aos 29, recebeu cruzamento na medida do volante paraguaio, dominou e mandou uma bicicleta para tentar encobrir o goleiro. A bola quase entrou e na sobra Rato matou o lance mandando para fora.
Na reta final, a tônica melhorou, com um São Paulo mais de acordo com o gosto da torcida. Abusando dos lances de velocidade diante de um espaçado adversário, mas um pouco displicente na finalização. Primeiro Ferreirinha saiu livre pela esquerda e foi fominha chutando fraco em cima do goleiro. Depois, Luciano recebeu passe enfiado de Erick e desperdiçou.
Mas já era o suficiente. Pela parte do Tricolor. Porque os visitantes, que pareciam mortos em campo quase aprontaram nos acréscimos, quando Eli Júnior pegou uma bola livre dentro da área, finalizou e exigiu excelente defesa de Jandrei, garantindo os três pontos.
O São Paulo volta a campo pelo Brasileirão às 16h (de Brasília) do próximo domingo (18), quando faz o clássico contra o Palmeiras, fora de casa. Antes do complicado duelo, contudo, tem outra pedreira: abre as oitavas de final da Copa Libertadores diante do Nacional, no Uruguai, às 19h (de Brasília) de quinta-feira (15).
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