O fatídico jogo pela Libertadores contra o Talleres no Morumbi (Foto: Divulgação/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
O volante Bobadilla já demonstrou muita raça e vontade em diversas oportunidades no São Paulo. Quando o time perdeu todos os laterais direitos, ainda com Thiago Carpini no comando, se ofereceu para quebrar o galho na posição, já atuou mais postado como primeiro volante, ou até mesmo chegando como um meia no ataque.
Segundo homem de meio-campo, como ele mesmo se diz, Bobadilla vem aproveitando as chances e faz o que para ele importa: estar sempre jogando.
Uma das provas da vontade do paraguaio de sempre estar em campo foi no último jogo do Tricolor pela Libertadores, contra o Talleres em casa, em 29 de maio. Mais de 56 mil são-paulinos se lembram da vitória por 2 a 0 que garantiu a liderança do grupo sobre os argentinos. Um deles que estava no gramado, porém não lembra.
O volante são-paulino teve um choque de cabeça logo aos 33 minutos de partida com Juan Portilla e desabou no chão. Foi atendido e voltou ao jogo, aguentando até os 28 da segunda etapa, quando saiu para entrada de Luiz Gustavo.
“Eu não lembro do jogo, não me lembro de nada do jogo. Só me lembro até o golpe, mas o que aconteceu no jogo, o gol do Lucas eu não lembro, só vi pelos vídeos”, revelou o paraguaio em entrevista ao GE.com.
A trombada lhe rendeu uma marca eterna, uma cicatriz no meio da testa, que vem ganhando tratamento estético para ficar menos evidente, segundo a reportagem.
“Essa marca vai ficar para sempre na minha vida, então cada vez que eu olhar no espelho, vou me lembrar que eu fui jogador do São Paulo, que joguei a Libertadores, que fiz gol aqui. Isso para mim é o que é mais importa. O que fica é o que você faz e o que você conquista, isso é o mais gratificante”, minimizou Bobadilla.
Entre outros assuntos, o jogador falou sobre a emoção sentida na conquista da Supercopa do Brasil diante do Palmeiras no começo do ano. Bobadilla apareceu chorando bastante em várias imagens após o título em Belo Horizonte.
“Na verdade, eu não sei… Eu não tenho nenhum vídeo chorando no meu time passado (Cerro Porteño), nem quando fomos campeões. É uma sensação que eu tive aqui. Quando o Rafa pegou o pênalti e a gente começou a correr, foi tudo muito rápido, sabe, chegar aqui e já ser campeão, ter um primeiro jogo em um time grande como o São Paulo, a torcida estava lá do nosso lado também, cantando, todo mundo feliz, acho que foi uma emoção muito grande que eu não consegui controlar, aí comecei a chorar, mas de felicidade, de alegria, de agradecimento a Deus também pela oportunidade. Acho que foi uma das melhores decisões vir para cá”, revelou o adaptado Bobadilla.
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