A Polícia Civil de São Paulo vai investigar se a ação de vandalismo e confronto com a Polícia Militar protagonizados por torcedores do Nacional na noite desta quinta-feira (22), no Morumbi, durante a derrota por 2 a 0 para o São Paulo, nas oitavas de final da Copa Libertadores, teve influência de torcidas organizadas rivais do Tricolor.
A informação foi passada ao AVANTE MEU TRICOLOR por fontes da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), de responsabilidade da gestão estadual de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Oficialmente, as autoridades paulistas ainda não se pronunciaram sobre a ocorrência. Um boletim de ocorrência deve ser feito, além do relatório do Batalhão de Choque para entender como a confusão teve início.
A hipótese é apurada após integrantes de uma facção do Palmeiras postarem fotos durante a tarde recepcionando os uruguaios na capital paulista.
O clima entre são-paulinos e a equipe alviverde esquentou no final de semana, quando o clássico entre ambos pelo Campeonato Brasileiro terminou em briga generalizada. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) investiga o ocorrido. O Tricolor entrou com denúncia no órgão de que os rivais entoaram cantos homofóbicos durante o jogo e ofenderam seus jogadores no tumulto ocorrido na saída de campo.
As autoridades paulistas já tinham o sinal de alerta ligado para os torcedores do Nacional que foram ao Morumbi após denúncias de são-paulinos que foram ao Uruguai e relataram terem sido alvos de gestos e ofensas racistas.
Por mais que não tenha havido relatos de confrontos de tricolores com uruguaios em Montevidéu, a Polícia Militar estava em atenção para novos casos de racismo que pudessem vir a acontecer no estádio são-paulino.
Fontes consultadas pela reportagem apontam que o clima entre os hinchas do Nacional e os palmeirenses foi tranquilo. Os visitantes estrangeiros cumpriram o combinado com a PM para serem escoltados até o Morumbi e nenhum torcedor do Palmeiras acompanhou a caravana, a pedido da corporação. As duas torcidas criaram uma relação cordial após palmeirenses terem sido vítimas de violência por parte de apoiadores do rival do adversário são-paulino desta noite, o Peñarol, também em duelo da Libertadores, anos atrás.
Após a partida, o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte, revelou que 21 torcedores, todos uruguaios, foram presos pela PM. Material de uma torcida organizada do Palmeiras foi apreendido com eles, provavelmente trocado na confraternização antes do jogo.
O fato começou a ocorrer no intervalo do jogo desta noite, quando durante troca de ofensas entre uruguaios e são-paulinos de um setor vizinho no Morumbi, os visitantes passaram a arrancar os bancos e arremessar no gramado. A PM foi ao local e houve conflito. Por conta do tumulto, a partida foi paralisada pela arbitragem por seis minutos logo após Calleri marcar o segundo gol dos mandantes. Os atletas da equipe de Montevidéu chegaram a pedir calma e que a situação parasse a seus apoiadores.
* Matéria atualizada às 22h58 para acréscimo de informações
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