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São Paulo perde dois por contusão, toma gol no último lance e sai derrotado pelo Palmeiras em clássico

Rato disputa bola durante o jogo deste domingo (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Pela quarta vez na temporada, São Paulo e Palmeiras se enfrentaram. Nas outras três anteriores havia sido empate. E a coisa caminhava para uma nova igualdade. Caminhava... Isso porque na tarde deste domingo (18), em partida movimentada para ambos os lados, que reservou emoções até os instantes finais, o rival conseguiu marcar o gol da vitória aos 56 minutos do segundo tempo, selando o triunfo por 2 a 1, no duelo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

É inegável que o Tricolor saiu perdendo duas vezes no duelo na arena rival. Como já se tornou uma tradição, infelizmente, mais uma vez um jogador saiu contundido do piso artificial. A vítima da vez foi Ferreirinha, que logo aos cinco minutos de jogo prendeu o pé ao dar um passe e sofreu contusão muscular.

Não foi o único a assustar. No segundo tempo, Patryck subiu para cabecear uma bola, caiu de cabeça no chão e desacordou, precisando ser socorrido de ambulância para um hospital.

Talvez prevendo as habituais dificuldades são-paulinas no gramado do rival verde, mas também pensando no duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Nacional, na quinta-feira (22), no Morumbi, o suspenso Luís Zubeldía, substituído por Maxi Cuberas, resolveu ir com um mistão para o jogo, escolhendo uma formatação com três zagueiros.

Isso, claro, interferiu no rendimento (além do péssimo estado do piso palmeirense) e mostrou um primeiro tempo de amplo domínio do rival. Na volta do intervalo, após um bate e rebate na área, o time verde marcou e o gol foi validado após o VAR atestar que Moreira falhou na linha burra. 

Mas aí o Tricolor mandou a campo sua cavalaria titular que estava no banco. E Luciano conseguiu empatar em um chute de fora da área.

Ainda teve tempo do VAR anular o que seria o segundo tento adversário, por impedimento e Luciano, que sairia como herói tricolor do dia, ser expulso. Mas no último lance do jogo, Rony cruzou e López, de novo, subiu para pegar Rafael mal colocado e testar para sacramentar a derrota são-paulina.

O revés deixa o clube do Morumbi estacionado nos 38 pontos e, por ora, se mantendo na sexta colocação. Mas a coisa pode mudar. O Tricolor volta a campo para definir o seu futuro na Libertadores e depois retoma as atenções com o Brasileirão no próximo domingo (25), às 18h30 (de Brasília), contra o Vitória, em casa.


Não poderia se esperar muito mais do São Paulo já quando foi divulgada a escalação. Com um time misto, contando com apenas quatro titulares, de olho no duelo com o Nacional pela Libertadores na semana, o suspenso Luís Zubeldía armou um 3-4-3 sem meias de criação e com foco em impedir a atuação rival pelas pontas, tendo opções de surpreender na retomada de posse.

Seria um plano perfeito não fosse o mais implacável dos adversários do Tricolor na tarde: o gramado sintético da arena verde.

Em péssimas condições, com pontos claros de desgaste, a animosidade são-paulina com esse tipo de piso sempre se mostra um chamariz de problemas. E pela oitava vez em uma sina que se iniciou em 2022, o clube do Morumbi perdeu um jogador contundido no sintético. Logo com cinco minutos de jogo, Ferreirinha foi recuar uma bola com o pé direito para Rafael, prendeu o pé e acabou sofrendo contusão muscular, precisando ser substituído.

Sem um dos titulares que foi a campo neste domingo, a coisa complicou ainda mais para o São Paulo, que perdeu um pouco da capacidade ofensiva e viu o Palmeiras mais ambientado no trágico piso, onde a bola correu mais que o normal.

Foi um ataque contra defesa em que o rival pressionou constantemente e o Tricolor se defendeu como deu...

Algum tipo de resposta foi dada pelo time são-paulino só aos 26, na sua melhor chance no primeiro tempo. Após troca de passes rápidos, Wellington Rato entra na área, encontra Nestor que por dentro toca para André Silva finalizar com perigo e exigir boa defesa de Weverton.

O lance parece ter acordado o Tricolor, que emendou uma sequência curta de boas chances. Logo na sequência, Patryck entrou na área, ganhou passe enfiado e bateu cruzado, acertando a trave.

Aos 36, mais uma vez André Silva apareceu bem. Novamente em lance de velocidade, o atacante saiu livre pela direita e bateu rasteiro para mais uma defesa do goleiro palmeirense.

Na volta do intervalo, a sorte do primeiro tempo parece ter faltado ao São Paulo. Aos 6, após bate e rebate na grande área, Flaco López pegou o rebote livre e marcou. Raphael Claus primeiro anulou o lance por impedimento. Mas a revisão do VAR atestou que Moreira errou na linha burra feita e deu condições ao rival, validando o lance.

Aos 16, mais um lance preocupante para o São Paulo. Patryck disputou bola pelo alto, caiu e bateu a cabeça na queda, ficando desacordado. O lateral precisou deixar o estádio de ambulância para um hospital e o jogo foi parado por alguns minutos.

Sem muita alternativa para tentar algo com o que tinha em campo, Maxi Cuberas resolveu colocar em campo algumas opções titulares que estavam no banco. E foi a senha para o Tricolor surpreender (sim, esse é o termo).

Aos 26, Ferraresi saiu livre pelo corredor esquerdo e encontrou André Silva na área. O atacante fez o pivô e Luciano, um dos membros da cavalaria que entrou, chegou batendo para empatar.

Com o gol sofrido, parecia que a coisa seguiria disputada até o final. E assim se confirmou. O Tricolor ganhou volume de jogo, passou a ocupar espaços antes dominados pelo rival e, mesmo assim, um golpe de sorte o livrou do pior.

Aos 30, Felipe Anderson ganhou dividida de Alan Franco e cruzou rasteiro para Lázaro encher o pé e acertar as redes. Seria a volta à liderança do placar, mas o VAR apontou impedimento de Flaco López e a jogada acabou anulada por Claus.

A partida seguiu movimentada até o final. Luciano acabou expulso após falta em Felipe Anderson. Levou o segundo amarelo (o primeiro foi por ter chutado a bandeirinha de escanteio do rival na comemoração de seu tento). E o pior veio. Aos 57, Rony cruzou e López, de novo, subiu para pegar Rafael mal colocado e testar para sacramentar a derrota são-paulina.


Classificação fornecida por Sofascore

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