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São Paulo tem 3º melhor ataque do Brasileirão. Mas sensação é que poderia ser melhor. E números confirmam sentimento...

Ferreirinha e Rato conversam: Tricolor precisa acertar mais o pé (Paulo Pinto/SPFC)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Tudo bem, o São Paulo venceu o então líder Flamengo por 1 a 0 no sábado (3), no Morumbi. Mas a sensação que ficou para os tricolores que acompanharam o jogo é que o placar poderia ser mais elástico, sem tanto sufoco, por mais que o adversário carioca tenha lá seu impacto. Mas chances foram criadas. E desperdiçadas...

Vem sendo uma tônica são-paulina sob o comando do técnico Luís Zubeldía. Com uma defesa extremamente sólida, o foco acaba se tornando o ataque. O Tricolor é uma equipe que mantém boa posse de bola, cria, mas enfrenta problemas na conclusão das jogadas.

Em um primeiro olhar, a opinião pode até mesmo soar impopular. Considerando apenas o Campeonato Brasileiro, competição que acaba se tornando o foco por conta do número maior de partidas disputadas, o São Paulo tem o terceiro melhor ataque, com 29 gols marcados. Mas as estatísticas mostram que o quesito poderia ser muito melhor do que realmente é...

A começar pelo básico. O Tricolor está entre os cinco melhores da principal competição do futebol nacional em todos os quesitos que demonstram controle de jogo: quinto com maior posse de bola (média de 56,19% por partida), segundo com maior número de passes certos (9.258 no total) e terceiro que mais cruza (121 no total).

O problema é quando se olha de maneira mais efetiva para a efetividade das oportunidades criadas.

O clube do Morumbi é só o sétimo com mais grandes chances de gols criadas (41 no total) e o sexto com mais grandes chances de gols perdidas (27 no total).

Ainda nos números absolutos, os índices são-paulinos preocupam. São apenas 23 gols da grande área em 179 oportunidades no total. E só cinco tentos anotados em 100 tentativas de fora da área.

Isso afeta as médias ofensivas de forma drástica. O Tricolor tem média de 1,4 gol por jogo, ocupando só o sexto lugar no ranking do Brasileirão. E é só o quarto que mais acerta finalizações na competição, com 109 oportunidades (média de 5,19 por jogo). São 13,3 chutes por jogo.

O problema é como se finaliza. Na média, o Tricolor tem apenas duas grandes chances de gol por partida, sendo 1,3 de grandes chances perdidas.

E os índices são-paulinos estão entre os mais altos do Brasileirão. Por jogo, são 4,7 chutes no gol, 4,9 arremates para fora e 3,7 finalizações bloqueadas pela defesa adversária.

Pode até se dizer que falta sorte, afinal o São Paulo lidera um dado pouco apreciado, o de equipe que mais acertou chutes na trave ou travessão, com 11 vezes.

Dados que afetam diretamente a produtividade do ataque. Luciano, com 4,54 chances de gols esperadas por jogo, e Calleri, com 4,2, são os líderes de oportunidades desperdiçadas no Tricolor.

Com o pé fora de forma, sobra para quem arma concluir: os artilheiros tricolores no Brasileirão são justamente os jogadores que mais criam oportunidades, Lucas e Ferreirinha, ambos com cinco gols marcados. Mostrando que muitas vezes a opção é por eles mesmo irem definir as jogadas e salvar a lavoura são-paulina, que planta e germina, mas não colhe. 



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