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Se contratado, Mário Rui pode quebrar escrita de 57 anos do São Paulo sem jogadores portugueses

Mário Rui comemora título italiano do Napoli (Francesco Pecoraro/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

No momento em que o futebol brasileiro se tornou um destino mais que atraente para treinadores vindos de Portugal, a possível contratação de Mário Rui pode fazer com que a porteira dos jogadores lusitanos também seja aberta.

Um dos poucos grandes clubes brasileiros a não contratar treinadores do país europeu nessa leva recente de apostas, o São Paulo vê a presença de jogadores lusitanos de maneira ainda mais tímida.

Desde sua fundação, o Tricolor teve apenas três jogadores nascidos na 'Terrinha' em sua história. E faz tempo que o último deles passou pelo clube: foi o atacante Fernandes, que ficou entre novembro de 1966 e abril de 1967, sem conseguir muito destaque.

Situação idêntica a dos outros dois portugueses que tiveram o São Paulo no currículo. O meia Azambuja ficou entre agosto de 1946 e outubro de 1949, mas era uma mera opção reserva no plantel.

O mais antigo dos lusitanos teve uma passagem ainda mais apagada. O atacante Mello integrou o elenco são-paulino em 1938, mas sequer chegou a entrar em campo.


A informação de que o São Paulo abriu negociações para contratar o lateral-esquerdo Mário Rui caiu como uma bomba em Nápoles.

Jornais da cidade italiana que abriga o Napoli, clube que o português de 33 anos defende desde 2018 revelam que o novo técnico da equipe, o conceituado Antonio Conte, já comunicou que Rui não faz partes dos planos e autorizou a transferência.

Os detalhes trazidos, contudo, são mais elucidativos. Apontam que o Napoli repassaria o contrato do lateral ao São Paulo. Ou seja, assumiria os dois anos restantes que ele tem de vínculo com os italianos.

O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que a tentativa do Tricolor é a de reduzir o salário do veterano, ainda considerado acima do teto estipulado. 

O sinal verde do estafe do português, o clube do Morumbi já tem. Os veículos apontam que o lateral ficou empolgado pelo fato do São Paulo ter caras conhecidas no plantel, como Lucas, Rafinha e Luiz Gustavo.

As negociações iniciam para valer na semana que vem, quando os empresários chegam ao Brasil para conversar.

Seja como for, nas redes sociais napolitanas, a torcida já chora a provável saída do ídolo. 

O AMT já revelou que o plano é oferecer a Rui o mesmo que havia sido ofertado a Alex Sandro, outro veterano de 33 anos que estava na Itália, mas na Juventus, está livre no mercado e não chegou a um acordo com o Tricolor. 

Rui começou nas camadas jovens do Benfica, mas construiu toda sua carreira no futebol italiano, onde passou também pela Roma. Durante a pré-temporada, chegou a tentar cavar um retorno à Luz, que também buscava um lateral-esquerdo, mas preferiu opções mais jovens.

O nome do jogador chegou a ser ventilado em mercados secundários do Velho Continente, como Bélgica e Grécia, mas com o Campeonato Italiano iniciando neste final de semana, as notícias deram uma pausada. Até agora.

É o sétimo nome avaliado nesta janela pelo São Paulo para uma posição tida como prioritária desde o ano passado, quando Caio Paulista 'pulou o muro' para jogar no rival Palmeiras. Há apenas Welington, que já tem pré-contrato assinado com o inglês Southampton, e Patryck, da base.

Além de Alex Sandro, cujas conversas não avançaram, o Tricolor monitora dois argentinos, Enzo Díaz, do River Plate, e Fabrizio Angileri, do Getafe. Além deles, o colombiano Borja e Henrique, nomes que estavam livres desde que deixaram Portugal e França, respectivamente, foram oferecidos por seus empresários e não foram aprovados. 



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