RAFAEL EMILIANO
O São Paulo e a fabricante de chocolates que adquiriu os naming rights do Morumbi comunicaram a Prefeitura paulistana do término das feituras das contrapartidas exigidas pelo poder municipal para que assim, desta forma, consigam enfim a autorização do novo letreiro de identificação da fachada da casa tricolor.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou no início de agosto, a Comissão de Proteção à paisagem Urbana da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, de responsabilidade da gestão Ricardo Nunes (MDB), assinou um Termo de Cooperação com o São Paulo e sua patrocinadora para a realização de contrapartidas urbanísticas para amenizar o impacto visual na região do estádio, na zona oeste paulistana.
A reportagem apurou que o Tricolor agora aguarda apenas a realização de uma vistoria por parte dos fiscais da Pasta para, enfim, obter o Cadan (Cadastro de Anúncios).
A expectativa interna no São Paulo é que a nova fachada seja instalada ao longo da próxima semana.
E o que seriam essas contrapartidas? Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, seria a redução de publicidade e identificação visual por parte do São Paulo em todo o seu entorno, incluindo a área do clube social. Os requisitos seguem a Lei Cidade Limpa, promulgada na gestão José Serra (PSDB) em 2005 e que baniu propagandas como outdoors e exigiu a redução de fachadas e pinturas publicitárias como forma de padronizar o cenário urbano e impedir a poluição visual e degradação das construções.
Polêmico na época, o projeto acabou se tornando espelho para outras cidades e foi inclusive remodelado e ampliado com o passar dos anos, criminalizando atos como pichação e publicidade estática em muros, por exemplo.
Mesmo assim, contudo, a lei não trouxe a longo prazo melhorias no que diz respeito à condição clínica dos paulistanos, um dos precedentes alegados na época de sua elaboração. Ou seja, não houve queda nos atendimentos da rede pública de saúde de doenças relacionadas à visão e psiquiátricos. Tampouco pichações e afins diminuíram
Seja como for, no que diz respeito ao São Paulo, o assunto se arrasta. O clube encerrou em abril o leilão das letras que formavam a antiga identificação como Estádio Cícero Pompeu de Toledo e já doou o dinheiro para ajudar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
A entrada principal, defronte à Praça Roberto Gomes Pedrosa, está limpa desde janeiro.
O Tricolor esperava inaugurar a nova identificação ainda durante o Campeonato Paulista. Depois adiou para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Mas desde então, com a lentidão do poder público em fornecer o Cadan, sigla de como se chama o registro municipal de publicidades em locais visíveis publicamente, passou a evitar fazer prognósticos.
Para receber o alvará da Prefeitura, é preciso consenso entre os integrantes da Comissão responsável (segundo especialistas), o que deve atrasar mais uma vez a estimativa.
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