RAFAEL EMILIANO
Qual o tamanho do peso da eliminação do São Paulo na Copa Libertadores?
Bem, se considerar só o fator esportivo, o buraco já é deveras grande. Com apenas o Campeonato Brasileiro para disputar nos três últimos meses do ano, o Tricolor agora vai ter de enfrentar a desconfiança da torcida enquanto briga para retornar à principal competição continental em 2025...
Mas o problema maior deve estar fora dele. Afinal uma melhor saúde financeira no Morumbi dependia exclusivamente da ida à semifinal da Liberta.
Os números por si só escancaram as dificuldades com que o São Paulo vai ter de lidar para evitar uma tragédia nos números na temporada.
O AVANTE MEU TRICOLOR revelou que o balanço semestral do São Paulo entre janeiro e junho desta temporada apresentou déficit de aproximadamente R$ 185 milhões.
O rombo é sete vezes maior que o estimado pela gestão Casares, que esperava uma sangria pouco maior de apenas R$ 25 milhões.
Nas contas passadas por fontes ouvidas pela reportagem, o departamento de futebol é um dos principais responsáveis pela bola de neve das finanças. Fechou o semestre no vermelho em R$ 33 milhões, enquanto no planejamento aprovado pelo Conselho Deliberativo no fim do ano passado a projeção era de lucro de R$ 55 milhões.
Sem a Libertadores, o Tricolor já perde, de cara, R$ 12,6 milhões da premiação concedida pela Conmebol aos quatro semifinalistas.
Mas o número pode se tornar até insignificante se levado em conta se avaliado o montante que poderia vir das bilheterias.
No duelo contra o Botafogo nesta quarta-feira (25), o Tricolor teve o maior público do ano em seu estádio, com 61.329 presentes, que garantiram a igualmente renda recorde da temporada de R$ 7.792.604.
O problema é que esse número não tem mais como ser atingido com a eliminação, já que uma eventual ida às semifinais permitia valores de ingressos e presença de público ainda maiores. Prejuízo já acumulado com a eliminação também nas quartas de final da Copa do Brasil e a perda da chance de abocanhar as volumosas premiações do mata-mata nacional.
São apenas cinco jogos como mandante até o final do ano, sendo que dois deles sequer serão no Morumbi por conta de shows, o que já permite a projeção de uma arrecadação menor por conta dos descontos.
Para piorar, ainda há os patrocinadores. Todos os atuais parceiros do Tricolor possuem cláusulas nos contratos que premiariam uma eventual final da Libertadores. Sem a decisão, menos dinheiro. E mais problemas para melhorar o fluxo de caixa.
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