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Com valores a receber do São Paulo, ex-volante Jucilei leva golpe de R$ 45 milhões em criptomoedas

Jucilei em passagem pelo SP: ex-volante levou golpe pesado (Foto: Agustin Marcarian/Getty Images)

MARCIO MONTEIRO

Mais um jogador brasileiro foi vítima de um golpe milionário de uma empresa de investimentos de criptomoedas. Trata-se do ex-volante Jucilei, que jogou pelo São Paulo entre 2017 e 2020.

O ex-atleta teve um prejuízo de R$ 45 milhões, segundo informou a polícia em matéria exibida no último domingo (15), no Fantástico. Hoje com 36 anos, Jucilei se aposentou em 2022. Além do São Paulo, atuou também no rival Corinthians, no futebol da China, Rússia e Emirados Árabes. 

E Jucilei ainda tem uma pendência com o Tricolor, que o deve. No balanço financeiro divulgado pelo São Paulo em abril deste ano, constavam débitos do clube com alguns de seus ex-jogadores.

O Tricolor, no entanto, conseguiu baixar a dívida com Jucilei no último ano de R$ 2,7 milhões para R$ 673 mil. Deve concluir o pagamento, portanto, ainda até o final deste 2024.

O suposto empresário Salvador Molina se apresentava nas redes sociais como CEO da Forcount, uma empresa de investimentos de criptomoedas, sistema de pagamentos digital, usado em transações comerciais e investimentos.


Salvador Molina nunca existiu. O homem que se passava por CEO era, na verdade, um ator contratado. O verdadeiro dono da Forcount é Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o Sheik do Bitcoin, brasileiro que reside no Paraná. 

Os agentes americanos pediram ajuda à Polícia Federal brasileira para levantar dados sobre Francisley. E a PF descobriu que, no Brasil, havia problemas em duas empresas dele: a Rental Coins e a InterAg.

Francisley foi alvo de uma operação com mandados de busca e apreensão em 20 endereços ligados a ele. A investigação determinou que em 2022, o valor total movimentado por essa estrutura criminosa girou em torno de R$ 4 bilhões.

De acordo com a polícia, o esquema de empresário produziu 15 mil vítimas só no Brasil, que ainda esperam recuperar parte do dinheiro investido.

“Ele sempre gostou de esbanjar, sempre gostou de coisa boa e mostrar para as outras pessoas que tinha condições. E receber na casa dele sempre foi, a princípio, um bom anfitrião”, explicou o advogado das vítimas, Bernardo Regueira Campos, ao Fantástico.

Francisley Valdevino da Silva é suspeito no Brasil pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro. É réu, ao lado dos sócios da Forcount, em um processo semelhante nos Estados Unidos. 

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