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De contestado a essencial? Surpresa na escalação, Liziero brilha em eliminação e quebra recorde do São Paulo em 45 minutos

Volante apresentou números inéditos há três anos no Tricolor (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO

Tudo bem, sabemos, o São Paulo foi eliminado. Mas a noite está longe de ser considerada trágica para algumas peças do plantel tricolor. Principalmente o volante Liziero.

Jogador tido como descartável, a cria de Cotia viveu uma rotina de empréstimos e reclamações até a noite de quinta-feira (12), quando comprovou em campo a confiança dada pelo técnico Luis Zubeldía em sua escalação no lugar de Bobadilla, poupado no empate sem gols com o Atlético-MG pelo desgaste de ter sido titular nos dois jogos do Paraguai pelas Eliminatórias.

E apenas 45 minutos em campo foram suficiente para que o volante quebrasse um recorde. Liziero se tornou o primeiro jogador do São Paulo em três anos a registrar cinco ou mais interceptações e três ou mais desarmes em uma mesma partida.

Ao todo, o volante, que ganha uma nova oportunidade após empréstimo ao Yverdon, da Suíça, terminou sua participação contra o Galo com 13 ações defensivas, sendo cinco desarmes.

A marca de sete interceptações é a maior já registrada em toda a sua carreira.

Liziero ainda cumulou sete de sete duelos ganhos, fez três passes decisivos e acertou 53 de 61 passes dados (o melhor no jogo).

Desempenho que certamente o credencia com honra à briga pela posição de Alisson, afastado da temporada após cirurgia, como segundo volante. Inclusive à frente de Marcos Antônio, um dos reforços do São Paulo na última janela de transferências. Como o próprio Zubeldía fez questão de enfatizar.

"O Marcos Antônio não é um jogador que tem chegada ao gol ou ofensiva. A estatística dele indica isso. Ele é um bom volante de posse, mas não tem essa vocação ofensiva. Nós necessitávamos de um volante misto, que possa marcar e jogar em situações de construção. Nessas duas fases do jogo — construção e recuperação —, o Liziero está melhor posicionado do que o Marcos Antônio. Entendo que vocês ainda não conheçam o Marcos Antônio, mas ele não é um jogador que esteja vinculado à ofensiva e ao gol. Não confundam. É um jogador de posse, que pode transitar pelo meio-campo, mas não está vinculado ao gol e nem mesmo à assistência. Não sei de onde tiraram isso", disse o comandante argentino. 



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