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Ex-árbitra explica por que o primeiro gol sofrido pelo São Paulo foi irregular: “Erro gigantesco”

Calleri e Thiago Santos protagonizaram lance polêmico no jogo(Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

Mais uma vez a arbitragem foi motivo para reclamação do São Paulo após nova derrota pelo Brasileirão, por 2 a 0 para o Fluminense neste domingo (1). 

O primeiro gol sofrido veio de lance originário de falta cobrada pelo Fluminense, resultando em bola na rede do jovem atacante Kauã Elias. O problema é que essa falta não existiu...

Calleri e Thiago Santos disputaram a bola e o são-paulino caiu. O auxiliar Guilherme Dias Camilo balançou a bandeira alertando o árbitro Paulo Cesar Zanovelli Da Silva de falta ao Flu. 

Zanovelli, no entanto, não marcou a infração e ainda assim, Thiago Silva colocou a mão na bola, cobrou a suposta 'falta' e deu início a jogada que resultou no gol do Flu. O árbitro foi chamado pelo VAR para revisar o lance, mas manteve sua decisão pelo gol após assistir às imagens.

A ex-árbitra e hoje comentarista da ESPN, Renata Ruel, explicou detalhadamente por que a jogada deveria ser anulada após o lance irregular do Fluminense.

“O bandeirinha marca uma infração de ataque do Calleri no Thiago. O árbitro claramente sinaliza a vantagem, em nenhum momento ele apita para paralisar o jogo. Na regra está escrito que, para você paralisar o jogo com uma infração, tem que ter o apito, e não tem. O árbitro aplica a vantagem. O Thiago Silva, ao ver a sinalização do assistente que só tem o dever de sinalizar e não tem poder nenhum no jogo, para e põe a mão na bola”, esclareceu Ruel, que seguiu.

“O árbitro, nesse momento, está de costas e não vê a mão deliberada que o Thiago Silva leva na bola para bater uma falta que o árbitro não apitou. Na sequência, sai o gol do Fluminense. O árbitro em campo dá o gol, o VAR chama e mostra para ele algumas imagens, inclusive, a mão do Thiago Silva na bola, e mesmo assim eles dão o gol. Há um erro absurdo de arbitragem. O jogo não foi paralisado. Não teve apito da arbitragem em momento algum. Não teve uma falta para o Thiago cobrar. Aquela mão do Thiago é uma mão deliberada”.

“Se é uma mão deliberada, houve uma infração do Thiago no lance. Houve um 'APP' (posse em fase de ataque) antes do gol do Fluminense, e mesmo assim, de forma equivocada, a arbitragem deu o gol. Um erro gigantesco”, concluiu a comentarista.

No São Paulo, as reclamações foram muitas. A começar pelo técnico Luis Zubeldía, que subiu o tom em sua entrevista coletiva após a derrota no Rio e falou sobre o lance do gol.

"O capitão deveria falar porque havia confusão. Se o árbitro não apita como vai permitir que o Thiago toque com a mão. Depois voltou a ver as imagens. Se dá vantagem, dá de costas para as jogadas e Thiago coloca a mão. Foi ver ao VAR e não sei o que falta. Não apitou. Como cobrou a falta se estava de costas?”, indagou o argentino.

O treinador disse também que já se sente perseguido pelos juízes brasileiros e falou que existe um tom de "autoritarismo" dos homens do apito.

"Eu não protesto mais. Não vou. Estou marcado. Lamentavelmente não posso ajudar meus jogadores nesse sentido. Concordo 100% com o Rafinha. Ele protesta, por mais que seja o capitão, e depois me custa uma mudança (Ferraresi entrou no lugar dele). Não é só o amarelo. Se deixo mais meio tempo, o expulsam. Não é só o equívoco do árbitro, que está claro que é um equívoco. Ele te condiciona com um amarelo para o capitão. Se o Rafinha não pode falar, quem pode falar? Ninguém pode falar. Há um autoritarismo dos árbitros", bradou Zubeldía.

Não só dentro de campo, mas já nos vestiários do Maracanã, o capitão Rafinha voltou a protestar contra a arbitragem e cobrou explicações pelo gol anotado em favor dos cariocas. Confira no vídeo abaixo o desabafo do lateral:

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