Dorival Jr. foi o primeiro a ter problemas com James no Tricolor (Foto: Franklin Jacome/Getty Images) |
MARCIO MONTEIRO
Já longe do São Paulo, no Rayo Vallecano, da Espanha, o meia James Rodríguez ficou na memória do torcedor pela passagem frustrante pelo Tricolor, enquanto, ao mesmo tempo, fazia atuações primorosas por sua seleção colombiana.
A falta de intensidade e vontade de se tornar peça fundamental do Tricolor ficaram evidentes no período, e algumas declarações ajudam a comprovar o fato.
Quem revelou uma conversa direta e franca no período do meia pelo São Paulo foi Muricy Ramalho, coordenador de futebol do clube. Em entrevista ao canal de Duda Garbi no YouTube, ele contou uma situação em um café da manhã.
“Cada um vê de uma maneira. Eu sou um cara muito direto com as pessoas. Um dia, em um café da manhã, juntei o Dorival e o James. Peguei os dois, tenho que fazer esse meio-campo. O Dorival falava sobre o futebol intenso e eu disse, com o James na minha frente: ‘O James nunca foi intenso na vida dele’”, começou Muricy.
“’Não adianta falar em intensidade. Não adianta cobrar. Essa intensidade que vocês querem, esquece’. Com o Carpini e com o Zubeldia foi igual. Ele só tem jogo de aproximação, mas é o jeito dele jogar. Ele treinava todo dia, não enchia o saco de ninguém, baita profissional. Esse foi o problema. Ninguém hoje quer jogador assim, só quem quer é a seleção colombiana. Lá ele arrebenta. Mas a gente respeita os técnicos”, seguiu o profissional.
“A gente precisava de um dez, todo mundo falava sobre isso. O James atua nos espaços, foi falado para o técnico. Mas, quando ele chegou, o time começou a jogar. Eliminamos Palmeiras, Corinthians e fomos campeões contra o Flamengo. Como vai tirar os caras? Ele deu azar”, concluiu Muricy Ramalho.
James teve passagem apagada pelo São Paulo e foi notícia mais por suas polêmicas fora de campo com o clube, até culminar na rescisão de contrato no meio deste ano, após ser eleito o melhor jogador da Copa América.
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