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Na CBF, Casares lidera ao lado do rival Palmeiras discussão sobre implementação de fair play financeiro no Brasil

Presidente tricolor lidera discussões sobre regulamentação de gastos (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO

As queixas sobre arbitragem por conta dos fatos ocorridos na derrota para o Fluminense no final de semana, pelo Campeonato Brasileiro, não foram as únicas causas da visita de Julio Casares à sede da CBF no Rio de Janeiro (RJ), na terça-feira (3).

O mandatário são-paulino lidera ao lado do rival Palmeiras discussões para a implementação do chamado fair play financeiro no futebol brasileiro já a partir do ano que vem.

É uma reaproximação com o time verde após uma série de choques nos bastidores ao longo deste ano. E que culminou em briga generalizada entre as equipes após o clássico entre ambos, na arena rival, no final do mês passado.

Além da dupla paulistana, participaram do encontro Fluminense, Fortaleza, Internacional, Vasco e Flamengo, que representaram os 60 clubes das séries A, B e C por meio da Comissão Nacional de Clubes.

O controle de gastos dos clubes, algo já implementado na Europa, está na pauta da CBF desde 2021, quando por conta da pandemia a CBF contratou o economista Cesar Grafietti para desenhar um modelo que nunca saiu do papel.

A discussão volta agora por conta dos movimentos principalmente do Botafogo, adversário são-paulino nas quartas de final da Copa Libertadores. O clube, SAF pertencente ao estadunidense John Textor, gastou R$ 373 milhões com os 20 reforços contratados nesta temporada.

A ação do timer alvinegro gerou críticas do rival Flamengo, cujo presidente, Rodolfo Landim, teve mensagem vazada incomodado.

"Acho que só neste ano eles já investiram 75 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões), ou seja, aproximadamente o número que você apresentou como sendo desde 2021. Isso para um clube que teve um faturamento de R$ 322 milhões no ano passado. Sejam bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro", escreveu o dirigente.

O grupo se reunirá mensalmente para definir como será o modelo embrionário do fair play financeiro. Após a definição de como funcionária, o projeto será levado para conhecimento e aprovação ou não dos demais clubes.

 


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