Lucas errou pênalti ainda durante o tempo normal de jogo (Foto: Alexandre Schneider/Getty Images) |
MARCIO MONTEIRO
Se Rodrigo Nestor foi herói no título da Copa do Brasil há um ano, acabou sendo o responsável pelo pênalti perdido que eliminou o São Paulo da Libertadores. Após empate por 1 a 1, o Tricolor caiu por 5 a 4 nas penalidades. Durante o jogo, Luiz Gustavo vacilou no campo de defesa, Rafael falhou ao cortar cruzamento e o Botafogo abriu o placar. Lucas, apagado na 1ª etapa, ainda perdeu pênalti, para fora. E já aos 41 minutos do 2º tempo, André Silva cruzou bola primorosa para Calleri empatar de cabeça. Porém, o camisa 9 também errou sua cobrança e o sonho ruiu no fim. Veja as notas e avaliações:
Rafael – 4,0 – No primeiro lance perigoso do rival, parece ter ficado meio indeciso e espalmou bola perigosa para dentro da área e sofreu o gol no rebote. Não teve que fazer nenhuma outra defesa durante a partida. Caiu para o lado errado nas três primeiras cobranças de pênalti do Botafogo, mas deu sorte na quarta, com Vitinho isolando. Porém, não conseguiu ser o herói da classificação.
Rafinha – 4,5 – Foi bastante acionado pela direita em busca de criações de jogadas, mas sempre teve espaço muito congestionado pelo setor. Como todo time, não se destacou na 1ª etapa. Seguiu sem destaque ofensivo e saiu para entrada de Igor Vinícius. Já no banco de reservas, levou dois cartões amarelos e foi expulso após confusão na beira do campo.
Arboleda – 5,5 – Comemorando 300 jogos com a camisa tricolor, o equatoriano começou firme como sempre, com cortes precisos. Porém, não conseguiu acompanhar Savarino no gol do Bota. Com a melhora do Tricolor, teve menos trabalho no 2º tempo.
Alan Franco – 6,5 – Linda antecipação logo com dois minutos para impor respeito. Pouco depois, bloqueou mais um lance perigoso na área. Ganhou todas contra o hábil Luiz Henrique na 1ª etapa. Foi também um dos poucos escapes na saída de bola. Manteve o bom nível na segunda etapa.
Welington – 4,0 – Mais uma vez com muito trabalho defensivo pelas investias do rival. No ataque, segue sem criar. Quase armou contra-ataque ao rival em bola tranquila do time. Foi salvo por Alan Franco algumas vezes. Sem destaque na frente, foi substituído por Michel Araújo na segunda etapa.
Luiz Gustavo – 5,5 – Falhou e perdeu bola para Savarino no campo de defesa, que acabou no primeiro gol carioca. Bem marcado pelos meias do Botafogo, teve dificuldade na saída de bola tricolor. Já no 2º tempo, salvou bola importante na área em ataque vindo da direita e pareceu mais ligado na partida. Foi o segundo a bater pênalti e enfim marcou para o Tricolor em cobrança forte no ângulo esquerdo.
Bobadilla – 5,5 – Quase não tocou na bola na primeira meia hora de jogo, um dos motivos para o baixo poderio de ataque do time. Arriscou chute perigoso que foi bloqueado no fim do 1º tempo. Foi melhorando no jogo e fez desarmes importantes. Deixou o campo para entrada de Nestor na segunda etapa com apenas um erro nos 35 passes que distribuiu.
Wellington Rato – 4,5 – Apareceu mais no campo defensivo tentando ajudar Rafinha na construção de jogada pela direita na etapa inicial, bastante marcado pelo rival. Conseguiu um primeiro bom cruzamento buscando Calleri apenas aos 27 minutos. Inverteu de lado por algumas vezes, mas não fez grande jogo, saindo no fim para entrada de André Silva.
Lucas – 4,25 – Fez primeiro tempo sem destaque, muito preso na marcação jogando pelo meio. Caiu pelas pontas, mas sem muito sucesso. Teve enfim a grande chance em pênalti marcado já nos acréscimos após revisão com o VAR. Buscou o alto, mas colocou muita força no pé e a bola ainda triscou na trave antes de sair por cima. Enfim fez sua primeira boa jogada já aos 17’ do 2º tempo, quando driblou pela direita e chutou forte para defesa de John. Voltou mais ligado do intervalo. Foi para a terceira cobrança nas penalidades e, com John tocando na bola, converteu.
William Gomes – 3,5 – Jogou apenas 35 minutos. Sofreu com a dura marcação adversária e quase não encostou na bola, com apenas dois passes na partida, com um acerto. Perdeu cinco posses e foi substituído ainda no primeiro tempo por Luciano.
Calleri – 5,0 – Foi fominha em lance em que tentou driblar meio time rival logo no início e acabou perdendo bola fácil. Mas começou mostrando vontade de jogo, pressionando a saída botafoguense. Após o gol sofrido, viveu apenas de lançamentos em sua direção, sempre bem marcado. Perdeu gol incrível embaixo das traves no 2º tempo após boa jogada de Luciano. Mas seguiu insistindo, até não desperdiçar nova oportunidade. Recebeu cruzamento na medida de André Silva e empatou de cabeça no fim para se tornar o maior artilheiro do clube na história da Libertadores, com 14 gols. Abriu a cobrança de pênaltis e foi outro que acertou o travessão.
Luciano – 6,0 – Com o time perdendo, foi a campo logo aos 35 minutos da 1ª etapa, no lugar de William Gomes. Tentou algumas finalizações, mas todas bloqueadas. Fez grande jogada pela esquerda aos 15’ do 2º tempo, e chutou cruzado e Calleri pegar a sobra e perder gol incrível. Entrou bem na partida. Bateu firme seu pênalti, convertendo a quinta cobrança para manter o time vivo.
Igor Vinícius – 5,0 – Substituiu Rafinha na metade do 2º tempo, mas não conseguiu grandes jogadas de ataque. O lateral foi o quarto a bater pênalti e marcou após chute com categoria no canto direito.
Nestor – 3,5 – Foi a campo no segundo tempo na vaga de Bobadilla. Levou amarelo por falta cometida instantes depois. Deu chute perigoso aos 43, por cima do gol rival. Em sua cobrança de penais, a sexta, bateu muito mal para fácil defesa de John.
Michel Araújo – Sem nota – Substituiu Welington já no fim do jogo.
André Silva – 6,0 – Entrou aos 36 minutos no lugar de Rato para ser decisivo com cruzamento preciso para Calleri empatar no fim. Deu nova vida ao ataque tricolor no fim do jogo.
Luis Zubeldía – 4,5 – Definiu o time titular com Lucas pelo meio e Luciano no banco. Mudou 35 minutos depois, quando sacou o apagado William Gomes e voltou com o camisa 10 na equipe. Com o time levemente melhor na segunda etapa, fez as quatro mexidas restantes e conseguiu o empate no fim. Na rodinha antes dos pênaltis, incentivou com gritos e toda energia possível aos seus atletas. Porém, sofreu sua segunda eliminação com o São Paulo.
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