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São Paulo consegue empate com gol no fim, mas é eliminado da Libertadores pelo Botafogo nos pênaltis

Calleri até tentou, mas Tricolor caiu em casa (Vitor Silva/Botafogo)

RAFAEL EMILIANO

Acabou o sonho do São Paulo em conquistar o tetra da Copa Libertadores.

Na noite desta quarta-feira (25), o Tricolor até se mostrou páreo para o Botafogo e conseguiu empatar em 1 a 1 no tempo normal com um gol na reta final do jogo. Mas nos pênaltis, nem mesmo a força da torcida que lotou o Morumbi ajudou. E com um pênalti defendido e outro isolado, o São Paulo caiu por 5 a 4 no desempate.

E a sorte poderia ter sido melhor para os mandantes. O gol botafoguense foi marcado após duas falhas individuais seguidas. Primeiro Luiz Gustavo, que perdeu a bola ao tentar sair jogando. Depois Rafael, que cortou errado o cruzamento.

Para coroar a trágica noite são-paulina, Lucas ainda teve chance de empatar no final do primeiro tempo, após o VAR indicar ao árbitro um pênalti. Mas o camisa 7 isolou a bola na cobrança.

Na etapa final, o Tricolor cresceu de produção indo para o abafa, encontrou um Botafogo que curiosamente fez a opção por se defender, dando os espaços e aí a mística da Libertadores brilhou no Morumbi.

Logo no começo do período, Calleri perdeu excelente chance debaixo da trave com o goleiro batido. Realmente não parecia ser uma noite especial de Libertadores no Morumbi. Até que nos instantes finais, André Silva, que entrara no decorrer da etapa final, arrancou em contra-ataque e cruzou na medida para o camisa 9 testar e empatar uma batalha que parecia perdida.

Nas cobranças de penalidades, contudo, Calleri chutou na trave e Nestor viu sua batida ser defendida por John, selando a eliminação.

O São Paulo volta a ser eliminado pelo Botafogo em uma competição após 25 anos. E fica sem disputar uma semifinal após 27 temporadas.

De fora também da Copa do Brasil, só resta o Campeonato Brasileiro, de onde pode até sonhar com a conquista do título, mas parece ser mais plausível a disputa por uma vaga na próxima edição da Libertadores. Começa agora o restante da temporada em tom melancólico de despedida no domingo (29), quando enfrenta o rival Corinthians como mandante em Brasília (DF). 

Treta generalizada ainda agitou final do jogo no Morumbi (Alexandre Schneider/Gwetty Images)

O JOGO

Não se pode dizer que ao menos o jogo no primeiro tempo tenha sido disputado. Longe disso. A impressão era que seria uma despedida honrosa para o escrete são-paulino.  

Apesar do técnico Luis Zubeldía ter aberto mão do esquema utilizado fora de casa com três zagueiros, o que anulou o perigoso ataque botafoguense fora de casa, o que se viu no primeiro tempo foi um Tricolor apático e encaixotado, que não se conseguiu se encontrar e deixava Calleri isolado no ataque.

Para piorar, do outro lado um sistema ofensivo dos mais eficientes do futebol brasileiro. E que contou com uma ajuda inigualável.

Aos 14, Luiz Gustavo vacilou ao tentar sair jogando e perdeu a bola para Savarino. O venezuelano tabelou com Igor Jesus e cruzou na medida, Rafael saiu errado, desviou mais errado ainda uma bola que parecia fraca e fácil e Almada, livre, testou para abrir o placar.

O gol complicou ainda mais as coisas para um São Paulo que não se encontrava. Extremamente eficaz, o Botafogo criou mais duas boas oportunidades e anulava por completo a armação são-paulina. No contra-ataque deles, Alan Franco se destacava e conseguia desarmar os rivais onipresente em todos os setores de defesa.

Zubeldía tentou reverter o quadro e colocou Luciano no lugar do jovem William Gomes, completamente apagado. E se a coisa não dava na articulação, que venha qualquer ajuda possível. E ela veio.

Aos 42, após uma tentativa de cruzamento do São Paulo, o VAR apontou um possível toque de braço do zagueiro Alexander Barboza em cabeceio de Lucas. O árbitro argentino Dario Herrera concordou e assinalou pênalti.

O que poderia ser o empate para tranquilizaras coisas, virou um pesadelo. Lucas foi para a cobrança, tentou tirar John da bola e acabou isolando o lance, desperdiçando grande chance de empate. Não seria a única.

Na volta do intervalo, o São Paulo foi para o abafa ante um Botafogo que tentava mais segurar o jogo para evitar a cessão de espaços. Isso fez com que o Tricolor tivesse mais ímpeto e criasse boas oportunidades. Uma delas foi com Wellington Rato, que exigiu boa defesa de John. Mas nada seria igual ao lance seguinte.

Aos 15, Luciano dominou no bloco esquerdo da área, limpou a marcação e chutou cruzado. John saiu para tentar a defesa e Calleri, completamente livre e com espaço, conseguiu errar o desvio e mandar a bola para fora.

O bombardeio são-paulino continuava, com John voltando a defender finalizações de Lucas pouco depois e a defesa deles se virando como podia, dando a impressão de que o cenário não iria mais ser revertido. Até que Zubeldía fez alterações certeiras. Se valeu de um Botafogo que se retrancou inexplicavelmente. E uma delas conseguiu aliviar os corações tricolores.

Aos 41, André Silva arrancou em contra-ataque livre pela esquerda e cruzou na medida para Calleri desviar certeiramente de cabeça e empatar o jogo, levando a decisão para os pênaltis. Antes das cobranças, contudo, o Botafogo parece ter acusado o golpe. Em uma bola que parecia sair pela lateral, Zubeldía abraçou Marçal, o lateral botafoguense não gostou e teve início uma confusão generalizada que terminou com dois jogadores no banco expulsos, um de cada lado. E assim, após mais chances perdidas, com Nestor e Adryelson, decisão da vaga foi para as penalidades.

PÊNALTIS

Calleri (SPFC) - travessão - 0 x 0
Tchê Tchê (BOT) - gol - 0 x 1
Luiz Gustavo (SPFC) - gol - 1 x 1
Danilo Barbosa (BOT) - gol - 1 x 2
Lucas (SPFC) - gol - 2 x 2
Marçal (BOT) - gol - 2 x 3
Igor Vinícius (SPFC) - gol - 3 x 3
Vitinho (BOT) - para fora - 3 x 3
Luciano (SPFC) - gol - 4 x 3
Thiago Almada (BOT) - gol - 4 x 4
Nestor (SPFC) - John defendeu - 4 x 4
Matheus Martins (BOT) - gol - 4 x 5

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