RAFAEL EMILIANO
O São Paulo acertou nesta quarta-feira (18) as bases para a prorrogação contratual do agora volante por mais uma temporada. Ou seja, o vínculo do jogador vai agora até o final de 2027. O clube do Morumbi deve formalizar o anúncio nos próximos dias.
A informação não é necessariamente nova. O presidente Julio Casares já havia antecipado à 'ESPN' há duas semanas que esticaria o contrato de Alisson. Sem dar maiores explicações pelos motivos (afinal o jogador já tem 31 anos).
Mas o AVANTE MEU TRICOLOR apurou que o movimento foi motivado por dois motivos.
O primeiro, claro, gratidão. O entendimento interno no clube é que Alisson é um dos expoentes do plantel. Peça fundamental. E prorrogar o vínculo é uma forma de recompensa pelo período parado.
Alisson não atua desde o fim de julho, quando sofreu uma fratura no tornozelo direito e passou por cirurgia. O clube divulgou nesta semana imagens do volante avançando em sua recuperação no Reffis. Mas a expectativa é que só volte aos gramados no ano que vem.
Até o momento da gave lesão, o camisa 25 era um dos destaques são-paulinos na temporada, com três gols e duas assistências em 36 partidas. Todas atuando de segundo volante, posição em que atuou pela primeira vez com Dorival Júnior na reta final da vitoriosa campanha da Copa do Brasil do ano passado.
O desempenho fez o Tricolor se antecipar e acertar a renovação do contrato de Alisson ainda em 2023. Em outubro, foi anunciada a renovação do contrato até o fim de 2026. Antes, o vínculo ia até o final deste ano.
Mas claro que só gratidão não enche barriga, diria o ditado. Conforme o AMT revelou em junho, a decisão de dar mais um ano de contrato a Alisson é uma resguarda para evitar o assédio do Cruzeiro.
Por mais que Alisson tenha negado, o jogador e seu estafe receberam sim ligações de Alexandre Mattos, gerente de futebol dos mineiros, clube formador de Alisson.
O jogador é um pedido do empresário Pedro Lourenço, novo 'dono' do Cruzeiro, levar de volta atletas revelados pelo clube ou que tenham alguma identificação com a torcida.
Foi desta forma que o mecenas cruzeirense deu o aval para o CEO Alexandre Mattos, por exemplo, ir atrás de Dudu, hoje no Palmeiras.
Com Alisson, a situação é ainda mais pessoal. Atacante de origem, ele foi da base cruzeirense na época em que Lourenço passou a colaborar veladamente com o clube do coração. Era tido na época como uma grande promessa e convocado constantemente para as Seleções Brasileiras de base.
O atual são-paulino foi promovido aos profissionais celestes em 2012 e em cinco anos na Raposa conquistou dois Brasileirões, um Mineiro e uma Copa do Brasil.
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