RAFAEL EMILIANO
De todos os jogadores do São Paulo, talvez ninguém mais que Rafael tenha comemorado o empate sem gols com o Botafogo nesta quarta-feira (18), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores.
Depois de parecer ter alcançado o patamar de indiscutível após as conquistas da Copa do Brasil, no ano passado, e Supercopa do Brasil, nesta temporada, o camisa 23 vinha levantando dúvidas nas arquibancadas do Morumbi por uma suposta queda de produção.
O papo mole, que parece atormentar todo jogador que passa um período com a Seleção Brasileira, como foi o caso de Rafael, que disputou como reserva a última Copa América, ganhou força após a derrota para o Palmeiras, em 18 de agosto, pelo Campeonato Brasileiro.
Naquela partida, o camisa 23 teria falhado no lance do tento redentor do rival, no último lance de jogo, quando sai errado para tentar cortar um cruzamento;
Fato é que a interrupção de jogos com a ida à Seleção, afinal era titular absoluto no São Paulo, pode, sim, ter afetado algo. Mas não ao ponto das críticas ganharem o tom que ganharam.
E as linhas de dúvidas que começaram a ser desenhadas, agora precisam ser apagadas. Rafael deixou o Rio de Janeiro (RJ) como o melhor em campo. Graças a uma atuação exuberante contra os cariocas.
Na partida, Rafael defendeu 100% das finalizações que foram em sua direção. Ou seja, foram seis defesas ao todo (de seis finalizações no gol do adversário), sendo quatro delas de dentro da área. Foram 1,21 gols claros evitados.
É o maior desempenho de um goleiro do São Paulo na Libertadores desde Dênis contra o Atlético-MG, quando seis defesas também foram executadas.
Números absolutos, que refletem também em outros aspectos do jogo de um goleiro: foram 21 passes certos de 33 tentados e outras 11 bolas longas certas dentre 23 executadas.
Com um paredão desse na guarita, era evidente que a produção do trio defensivo do São Paulo na partida de quarta ia apresentar crescimento considerável.
Arboleda, por exemplo, realizou todas as ações defensivas possíveis (cinco cortes, quatro chutes bloqueados, três interceptações, um desarme e uma bola recuperada).
Sabino, a surpresa da escalação, realizou 14 ações defensivas, não sofreu dribles e venceu todos os duelos no chão.
É o ferrolho tricolor justificando com números como se parar um dos times mais letais do Brasil.
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