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VIROU TRETA! Após São Paulo entrar com pedido de anulação de jogo, presidente do Flu rebate: "Não tem fundamento"

Pedido de anulação do jogo pelo São Paulo já foi protocolado (Foto: Wagner Meier/Getty Images)

MARCIO MONTEIRO

O São Paulo deu entrada no final desta segunda-feira (9) no STJD pedindo a anulação da partida contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. O clube se manifestou após a divulgação dos áudios da equipe de arbitragem sobre o polêmico primeiro gol dos cariocas, onde Thiago Silva colocou a mão na bola para cobrar uma falta que não foi marcada pelo árbitro.

O Tricolor afirma que foi manifestadamente prejudicado por erro de direito na partida em questão e pede a anulação do jogo e a punição dos árbitros responsáveis pelo suposto erro, ou ao menos sejam afastados das partidas do clube e enviados para um curso de reciclagem.

Ao reforçar o erro de direito, o Tricolor destaca que o lance não é de interpretação ou que possa ser feita várias análises. Para o São Paulo existe apenas uma regra e que foi mal aplicada no lance, fato que prejudicou o clube causado um erro de direito, item necessário para que possa ocorrer a anulação da partida, conforme previsão no artigo 259, parágrafo 1º do CBJD.

Além disso, no entendimento do São Paulo, no momento que o atleta do Fluminense coloca a mão na bola, ele viola a regra 12, que determina que o toque com a mão se configura uma infração punível com tiro livre direto.

“O São Paulo peticiona a presente medida inominada em uma defesa do campeonato e da lisura das competições, pois erros como esses tem que ser públicos de forma imediata, não podendo serem objetos de acobertamento por parte da Comissão de Arbitragem”, afirmou trecho da Medida Inominada.


Segundo o STJD, o São Paulo solicita:

A - Que seja determinada liminarmente a não homologação do resultado da partida disputada entre as equipes do Fluminense FC x São Paulo FC, válida pela vigésima quinta rodada do Campeonato Brasileiro Profissional 2024 pela ocorrência de erro de direito na forma da fundamentação supra.

B - Anular/Impugnar o resultado da partida realizada entre Fluminense FC x São Paulo FC, válida pela vigésima quinta rodada do Campeonato Brasileiro Profissional 2024 pela ocorrência de erro de direito na forma da fundamentação supra.

C - Seja determinada a remarcação da partida nos mesmos moldes da partida original, com a exceção da equipe de arbitragem.

D - Seja determinado o afastamento definitivo do árbitro PAULO CESAR ZANOVELLI DA SILVA (FIFA / MG) de futuras partidas que envolvam o São Paulo Futebol Clube, sendo o referido pedido autônomo com análise independente da suspensão da partida, ainda que feito na mesma peça.

PRESIDENTE DO FLU REBATE

Pouco depois da confirmação do pedido do São Paulo pela anulação, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, se manifestou de forma totalmente contrária as solicitações do rival paulista.

“Tenho 25 anos de experiência na Justiça Desportiva e posso afirmar que não existe qualquer fato ou fundamento jurídico que justifique essa medida ajuizada pelo São Paulo. O São Paulo não tem razão em seu pedido porque não houve qualquer erro de direito no caso em questão que justifique anulação da partida. Aliás, não houve erro de direito, de fato ou qualquer prejuízo ao São Paulo no referido lance”, rebateu Bittencourt em entrevista ao Globo Esporte.

“Para que se anule uma partida por erro de direito, além da comprovação do erro (que não houve neste caso), se faz necessária a interferência direta no resultado, o que também não ocorreu. E se tivesse havido erro de fato, o que também não ocorreu, mesmo assim não se poderia falar em anulação de partida porque erros de fato não constituem fundamento para anulação de partida, fosse assim, toda rodada do campeonato teria jogo anulado pelo Tribunal”, seguiu o presidente.

“E o São Paulo sabe que não tem sentido o pedido que está fazendo, até porque em 2020 tentou a mesma coisa contra o Atlético-MG e não teve sucesso no Tribunal. Nós confiamos que o Tribunal não deixará essa medida prosperar e prestigiará o resultado conquistado de forma justa dentro de campo, evitando abrir um precedente perigoso para a estabilidade da competição”, completou Mário Bittencourt.

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