RAFAEL EMILIANO
ALEXANDRE GIESBRECHT
do ANOTAÇÕES TRICOLORES
A escalação do São Paulo no empate sem gols com o Botafogo, no jogo de ida das quartas de final da Copa Libertadores, teve a presença de uma ilustre surpresa aos torcedores: o jovem William Gomes parece ter conquistado de vez o técnico Luis Zubeldía e formou o trio ofensivo titular do duelo.
Tudo bem, o esquema defensivo pode ter prejudicado o jovem de 18 anos a mostrar todo o seu talento, como tinha feito dias antes no time reserva que bateu o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Mas isso não significa que deu mais um passe importante para cavar seu nome no Tricolor.
Segundo o 'Sofascore', protagonizou 24 ações com a bola, acertou seis em dez passes e acertou um em cinco dribles tentados. Ainda teve uma finalização bloqueada pela defesa rival.
Desempenho que o fez sair do Rio de Janeiro (RJ) forrado de elogios por parte do capitão são-paulino, Rafinha.
"Ele é um menino privilegiado por estar disputando um jogo tão grande como este, de Libertadores, com a idade que tem. Dá para ver que é inegável que o menino te um futuro brilhante", enalteceu o camisa 13, que falou um pouco do trabalho dos veteranos para dar confiança à joia.
"Nós procuramos sempre ajudar e dar alguma dica para melhorar em todos os sentidos e ficamos felizes por tê-lo conosco. Ele vai melhorar muito e vai crescer muito. É claro que não é fácil para um menino da idade dele começar um jogo desta dimensão, mas isto mostra que ele tem personalidade, que ele aguenta e que ele é de jogo grande. É bom tê-lo conosco, e tenho certeza de que ele ainda vai nos dar muita alegria", completou.
Ao ser escalado, William tornou-se titular em jogos consecutivos pela primeira vez em sua carreira, embora fosse a quarta vez que isso ocorreu nos últimos seis jogos, que englobam todas as vezes que ele começou jogando em sua carreira profissional.
O camisa 39 vive momento tão especial que foi o responsável por dois dos três gols que o São Paulo marcou em seus seis últimos jogos, incluindo o único nos últimos cinco.
Zubeldía não chegou a avaliar a atuação do jovem, preferindo falar das mudanças de uma maneira mais geral.
“Claro que eles foram muito melhores no primeiro tempo, mas, para mim, tem mais a ver com correr melhor pelo campo e ter a bola. Como não tínhamos a bola, começamos a correr mal pelo campo. Eu sabia que, se não pudéssemos manter a bola com os três zagueiros, fazer os duelos de dois contra um por fora ou por dentro e encontrar o William ou o Lucas Moura, iríamos ter problemas, porque os laterais deles começam a dar um passo adiante, pegam o seu time aberto e começam a jogar no seu campo. E, nessa situação, eles são perigosos", disse.
Como a expectativa é de que o Tricolor entre em campo com uma equipe reserva no domingo (22), contra o Internacional, fica a dúvida sobre uma nova escalação de William Gomes, que provavelmente dependerá de como Zubeldía pretende usá-lo no jogo de volta contra o Botafogo, três dias depois.
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