Luis Zubeldía no empate sem gols do São Paulo com o Nacional no Uruguai (Foto: Divulgação/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
Não é de hoje que o São Paulo não fez desempenhando um bom futebol. Nos últimos sete jogos, foram duas vitórias, dois empates e três derrotas, somando Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil, este último já fora do calendário tricolor após eliminação para o Atlético-MG.
As fracas atuações do Tricolor começaram mais ou menos no início do mês de agosto, quando o time visitava o Goiás pelas oitavas da Copa do Brasil para confirmar sua classificação após vitória de 2 a 0 em casa.
Em Goiânia, uma atuação burocrática e um empate sem gols para trazer a vaga na bagagem. Uma semana depois, o São Paulo viajou ao Uruguai para um novo 0 a 0 fora de casa, agora pela Copa Libertadores, contra o Nacional, em mais uma partida sem criação ofensiva, que irritou a torcida.
Na volta contra os uruguaios, o único jogo da sequência em que o Tricolor conseguiu balançar as redes, com 2 a 0 no placar e vaga garantida nas quartas da Libertadores.
Depois, no final de agosto, o primeiro duelo com o Atlético-MG pelas quartas de final da Copa do Brasil, no Morumbi. Novamente o time de Luis Zubeldía não conseguiu criar muitas chances de gol e saiu derrotado por 1 a 0.
E para fechar a série de cinco partidas, o empate desta quinta-feira (12) com o Galo que culminou na eliminação da Copa do Brasil e no fim do sonho do bicampeonato.
Uma das grandes reclamações da torcida são-paulina é quanto a falta de mexidas mais rápidas por parte de Zubeldía quando o time não encontra o caminho do gol. Atuações apagadas, especialmente de Luciano, têm causado discussão entre tricolores.
No confronto de ida com o Galo, no Morumbi, Zubeldía não estava no banco devido à suspensão, e seu auxiliar Maxi Cuberas fez substituição apenas nos acréscimos da partida em que o São Paulo custava para criar chances.
As reivindicações quanto a falta de alterações, agora contra Zubeldía, também aconteceram no 0 a 0 diante do Atlético-MG em Belo Horizonte. O treinador comentou o duelo após a eliminação.
“Foram 180 minutos disputados, a diferença esteve neste gol de bola parada (da ida). Nós, em muitos aspectos do jogo, estivemos bem nas duas partidas. É claro que estas séries, com duas equipes parelhas, se definem com ações pontuais vinculadas em gol. Lamentavelmente, nestes 180 minutos, não tivemos essa firmeza para poder conectar, mas fomos protagonistas nos dois jogos e impusemos nosso futebol. Em um mata-mata, a diferença ficou no gol nos acréscimos.”
“Creio que o rendimento do segundo tempo tem a ver com o primeiro tempo. Um time que vive pela posse possivelmente terá mais energia para atacar no segundo tempo. Primeiro tempo equilibrado, tivemos a posse, e no segundo tempo tivemos mais energia. Em 180 minutos não fizemos gol, mas com o domínio que tivemos, poderíamos ter conectado um pouco mais. Somos um time parelho e temos que crescer, porque a série foi definida com um gol de bola parada em dois jogos muito parelhos. Em alguns aspectos do jogo fomos melhores nos 180 minutos”, explicou Luis Zubeldía.
O ataque tricolor passou em branco pelo terceiro jogo seguido, algo que não ocorria desde novembro do ano passado, quando a equipe empatou sem gols com Santos e Cuiabá, com uma derrota por 1 a 0 para o Fluminense no meio.
Fora da Copa do Brasil, o Tricolor, além do Brasileirão, tem agora como torneio eliminatório a Libertadores, onde mede forças com o Botafogo pelas quartas de final. A ida, no Rio de Janeiro, é na próxima quarta-feira (18), às 21h30 (de Brasília).
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