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| O arisco Zé Carlos deixando Silvinho no chão em 1998 com seus dribles (Foto: Reprodução) |
MARCIO MONTEIRO
Morreu na manhã desta sexta-feira (25) José Carlos de Almeida, o popular Zé Carlos, ex-lateral do São Paulo entre 1997 e 1999. Ele nos deixa jovem, aos 56 anos, falecido na cidade de Osasco.
Zé Carlos morava em Presidente Bernardes, cidade onde nasceu, e trabalhava na Secretaria de Esportes. Estava em Osasco na casa dos pais, onde se preparava para ir a uma reunião.
“Ele estava na casa dos meus pais em Osasco para uma reunião de trabalho e domingo ia jogar futebol. Costumava acordar cedo, mas hoje, não acordou”, declarou Cleusa, irmã de Zé Carlos, em contato com o UOL.
O ex-lateral deixa muita saudade e dois filhos, Lucas, de 16 anos, e Izabely, de 8. O São Paulo decretou luto oficial no clube nesta sexta.
A família achou estranho que o ex-atleta demorou para acordar e acionou o Corpo de Bombeiros diante da suspeita de parada cardiorrespiratória. Zé foi atendido no Pronto Socorro do bairro Santo Antônio, onde foi constatada sua morte.
Zé Carlos chegou ao Tricolor em 1997, contratado junto à Matonense. Com a camisa tricolor, o lateral-direito disputou 72 jogos e marcou dois gols, além de ser um dos destaques da conquista do Paulistão 1998, sobre o Corinthians, o que lhe valeu uma surpreendente convocação para a Copa do Mundo daquele ano.
Até hoje muitos ironizam a presença de Zé Carlos no Mundial de 1998, mas para quem acompanhava o São Paulo naquele ano, sabia por que Zagallo apostou nele.
O lateral estava voando e atropelou as defesas de Palmeiras e Corinthians nas fases finais do Paulistão 1998, às vésperas da convocação para a Copa do Mundo.
Zé Carlos, no entanto, nunca havia sido convocado por Zagallo e ficou de fora da lista inicial para o torneio na França. Com a contusão do reserva Flávio Conceição, porém, foi chamado para defender a Seleção na Copa.
E sua estreia oficial foi logo em uma grande pedreira, a semifinal contra a Holanda, já que Cafu estava suspenso. Zé Carlos não tremeu no jogo de sua vida e fez uma partida bastante correta, especialmente na marcação dos habilidosos europeus.
Atuou pelos 120 minutos da partida e comemorou a classificação à final nos pênaltis no fim do jogo.
Zé Carlos começou a ter destaque tardio na carreira, já aos 28 anos, quando foi um dos principais nomes do acesso estadual da Matonense em 1997. Foi contratado pelo São Paulo no meio do ano, onde conquistou a Bola de Prata da Placar por ter sido o melhor lateral direito do Brasileirão.
Manteve o ritmo alto em 98, quando foi o titular da lateral na conquista do Paulistão. Após a Copa, seu rendimento caiu e ele passou a ser emprestado pelo Tricolor.
A equipe do AVANTE MEU TRICOLOR lamenta profundamente a passagem de Zé Carlos e deseja forças a todos os amigos e familiares.
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