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Justiça ordenou São Paulo a repassar 5% de eventuais vendas de atletas, entre eles Liziero (Foto: Rubens Chiri/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO E RAFAEL EMILIANO
O São Paulo recorreu e vai tentar reverter em Brasília uma cobrança milionária feita pelo Pequeninos do Jockey, clube paulistano conhecido pelo trabalho com crianças e adolescentes no futebol. O clube do Morumbi foi condenado em 1ª e 2ª instâncias a destinar 5% de futuras vendas de diversos atletas formados em Cotia, entre eles os volantes Liziero, herói do empate tricolor neste sábado contra o Criciúma, e Luan (emprestado ao Vitória), além da ordem de pagamento no valor de R$ 820 mil, mais juros.
O AVANTE MEU TRICOLOR teve acesso ao processo judicial. O valor de R$ 820 mil se refere à porcentagem das negociações dos atletas Tuta (transferido para o Frankfurt) e Luiz Palhares (transferido para o Porto), negociados pelo São Paulo em 2019 e 2017, respectivamente.
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Ao todo, são 8 jogadores (incluindo Liziero e Luan) que o São Paulo recebeu ordem para destinar 5% de eventuais vendas ao Pequeninos do Jockey. A maioria dos nomes já deixou o São Paulo, caso de Gabriel Maioli, negociado ao Apoel, do Chipre, no início da temporada.
Na Justiça, o Pequeninos alegou que todos esses atletas tiveram passagens por lá antes de se transferirem para o São Paulo. Segundo o jurídico do acusador, havia acordo de comissão na transferência de vários jogadores amadores para a base do Tricolor em 2005, mas que o clube do Morumbi não assumiu o compromisso financeiro. Liziero, Luan e os demais atletas citados no processo teriam tido passagem no Pequeninos antes de chegarem a Cotia.
Os jogadores que o Pequeninos alega ter direito à parte do “passe” são: Gabriel Falcão Moreira de Lima, Igor Liziero, Luan Vinicius da Silva Santos, Lucas Fasson dos Santos, Marcus Vinicius Oliveira Alencar, Thiago Couto Wenceslau, Théo Henrique Costa Ferreira e Gabriel Maioli.
O que diz o São Paulo na Justiça
Em seu recurso especial (apresentado após a decisão em 2ª instância), a representação jurídica do São Paulo destacou que o documento levado pelo Pequeninos é apócrifo, fazendo a Justiça acreditar que se trataria de um contrato entre os clubes (o que não seria verdade) “na vã tentativa de criar um cenário de que haveria um reconhecimento formal do SPFC quanto ao encaminhamento dos atletas pelo recorrido indicados”.
O time do Morumbi comunica ao Tribunal que os jovens chegaram ao clube sem envolvimento “contratual” do Pequeninos.
O São Paulo diz ainda que a lista apresentada pelo Pequeninos contava com 21 nomes de jovens, sendo que vários deles sequer passaram pela base do São Paulo, um claro sinal de inconsistência na reclamação judicial.
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