Presidente do São Paulo tem planos para o estádio do Morumbi (Foto: Reprodução) |
MARCIO MONTEIRO
As conversas do São Paulo com a WTorre, construtora que irá planejar o novo Morumbi, estão devagar quase parando (saiba mais aqui). Porém, o presidente Julio Casares está confiante com o futuro do clube.
O Tricolor tem planos para reformar seu estádio, para ficar no modelo do argentino River Plate, que tirou sua pista de atletismo para construir nova área para a torcida, transformando o local em verdadeiro caldeirão.
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E é isso que o São Paulo quer, remodelar o Morumbi sem perder sua essência, melhorar os acessos e comodidade para os tricolores e manter a conexão entre jogadores e torcedores.
Em entrevista à TNT Sports, Julio Casares ativou o saudosismo e relembrou dos tempos da construção do Morumbi, que à época tinha um carnê para os são-paulinos ajudarem no projeto.
“O meu pai são-paulino uma vez entrou em casa com dois carnês Paulistão, e tinha o símbolo de São Paulo, o estádio. E meu pai dizia: ‘Dona Maria, você pode atrasar outras contas aqui, a gente administra, mas esses dois carnês nós temos que pagar em dia’. E minha mãe falava: ‘Puxa vida, mas por quê?’, ‘Porque nós vamos ajudar a entregar um estádio para o São Paulo Futebol Clube’”, relembrou um saudoso Casares ao falar de seus pais já falecidos.
“Então eu guardo aquela imagem como um grande ato daquele carnê, que era um título de capitalização, onde as pessoas pagavam no banco. Hoje não, é tudo digital, tem uma modernidade, e aí sim, eu acredito que quando o são-paulino for chamado a ajudar o São Paulo de forma legal e institucional, como é o fundo, mesmo na reforma do estádio quem sabe, ele estará presente, assim como esteve da outra vez”, prosseguiu o presidente são-paulino.
“Mas o carnê Paulistão está na minha mente como um grande instrumento que todo são-paulino fez, tinha são paulino que enchia de cimento uma Kombi para entregar lá na nossa Praça Roberto Gomes Pedrosa”, disse.
O presidente falou ainda que o clube demorou demais para começar sua recuperação. Mas que acredita que até antes do centenário, o Tricolor estará totalmente reestruturado.
“Talvez nós perdemos muito tempo para recuperar o São Paulo, então tudo que aconteceu compromete dez anos na frente. Agora, nós temos que fazer. Eu poderia dizer, olha, eu não constituí essa dívida, eu vou empurrar, eu vou tentar mais um ou dois grandes títulos e seja o que Deus quiser. Eu não posso fazer isso”.
“Prefiro ter o risco da corneta, da crítica e das questões todas, do que não ter a responsabilidade do dever cumprido e deixar um legado. O São Paulo vai fazer 100 anos em 2030. Eu acredito que o São Paulo estará totalmente recuperado antes um pouco disso”, completou o otimista mandatário do São Paulo.
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