Alan Franco e Igor Vinícius iniciaram discussões para prorrogarem vínculo (Montagem AMT) |
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Com teto de gastos à vista para a próxima temporada diante da assinatura de acordo com um fundo de investimentos que limitará os gastos no futebol profissional, a diretoria do São Paulo decidiu garantir a permanência de peças consideradas chaves do atual plantel do clube e que correm o risco de saírem de graça por conta do fim de seus contratos a partir do fim de 2025.
Depois de Alisson ganhar a prorrogação de seu vínculo até o final de 2027 (o acordo anterior ia até dezembro de 2026 e o novo contrato já foi registrado no BID da CBF), outros nomes discutem nos bastidores a renovação antecipada para afastar o risco de assédio e manter o eixo central do time de Luis Zubeldía (até pela provável falta de reforços à altura para substituí-los).
O primeiro caso em negociações, já revelado pelo AVANTE MEU TRICOLOR, é o do goleiro Rafael. Com contrato até dezembro do ano que vem, o plano do clube do Morumbi é garantir sua permanência pelo menos até 2027, já que o jogador, nas avaliações internas, preencheu o espaço que vinha sendo vago desde a aposentadoria do ídolo Rogério Ceni.
A reportagem apurou que as conversas estão adiantadas, já que o próprio camisa 23 tratou de tornar público a satisfação pessoal com a inédita titularidade na carreira e deu inclusive declarações de que pretendia até mesmo se aposentar no Tricolor.
Outros dois atletas iniciaram as negociações na última semana.
Igor Vinícius, que passou 2023 praticamente inteiro afastado por conta de uma cirurgia e voltou a sofre contusão nesta temporada, inclusive sendo poupado de nove jogos no decorrer de agosto pelo risco de nova lesão, tem tudo para se consolidar no ano que vem como o dono absoluto da lateral-direita.
O entendimento interno no Tricolor é de suspense pela aposentadoria ou não de Rafinha (cuja renovação é defendida pelo presidente Julio Casares). E Moreira não convenceu que está pronto para assumir o posto como titular (pelo menos na avaliação de Zubeldía).
Com isso, antes de tudo, o São Paulo quer ter o seu camisa 2 sem sofrer com o drama vivido com Welington neste ano. E chamou o estafe do jogador para discutir a prorrogação do vínculo, que inicialmente vai só até dezembro de 2025. O plano é contar com IV até o final de 2026.
Situação idêntica a de Alan Franco. O zagueiro argentino, após um início sem grande brilho com a camisa são-paulino e enfrentando a desconfiança do ex-técnico Dorival Júnior, viu o jogo virar com Zubeldía, com quem virou titular absoluto na função antes exercida por Beraldo e ganhou o respeito da torcida.
Seu contrato vai até o final de 2025 e o plano do Tricolor é dar mais um ano de vínculo.
Esses dois casos, junto com Rafael, já discutem com a diretoria as renovações. Quem também teve os empresários chamados para negociar a renovação foi Liziero. Cria de Cotia, o volante voltou de empréstimo ao futebol suíco desacreditado. Mas conquistou Zubeldía. Agora pai, o que pesa em sua vontade de seguir na capital paulista, a avaliação da diretoria é de que se tornou um atleta mais maduro e responsável. Seu contrato vai até junho de 2025 e o plano é acertar um vínculo até o final de 2027.
Mas existem outros que a situação é incerta.
Como mencionado, Rafinha é a maior das dúvidas. O veterano já jogou nesta temporada a contragosto da família, que queria ele pendurando as chuteiras no ano passado. Mas o sonho de jogar uma Libertadores pelo clube que torce fez com que aceitasse ficar por mais 12 meses.
Agora, aos 39 anos, o dilema é grande. Familiares de Rafinha queriam ele morando no Paraná, Estado onde nasceu. E o Coritiba, clube onde foi revelado, abriu as portas. Ofereceu sua camisa para ele oficializar a aposentadoria e o queria em cargo administrativo nas categorias de base. A decisão do veterano em ficar no Morumbi enfureceu a torcida coxa-branca, que passou a lhe ofender e a considerá-lo persona non grata.
Não que seja a única opção de Rafinha. Nas últimas semanas pipocou notícias de que o lateral tem dois convites para se tornar auxiliar técnico. Um de Filipe Luis, com quem atuou no Flamengo, clube onde agora ocupa o cargo de treinador. O outro do português Jorge Jesus, justamente quem comandou a dupla no time carioca.
Além disso, há o seu amado Bayern de Munique, onde fez história e sinaliza, há tempos, que está com as portas abertas para o retorno como integrantes do estafe.
Casares, fã do jogador e de sua liderança considerada positiva entre o elenco, o quer no São Paulo e sinalizou que até aceitaria a ideia dele continuar no Tricolor fora dos gramados. A decisão só virá no final do ano.
Outro caso sem solução é de Luiz Gustavo. O volante de 37 anos tinha receio de jogar no Brasil profissionalmente pela primeira vez pelas marcas deixadas por um certo 7 a 1 onde foi titular. Mas atendeu os apelos do próprio pai, botafoguense declarado, e acertou com o São Paulo até dezembro.
Mesmo veterano, Luiz Gustavo vem demonstrando muita vitalidade em campo, principalmente depois que virou titular com a grave contusão de Pablo Maia. Ok, suas atuações nas eliminações nas copas foram criticadas, mas a diretoria acredita que isso não influenciará sua decisão. Apenas se o pensamento for mesmo o de se aposentar. Também querem sua continuidade no plantel.
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